O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol do Chile (Sifup), Gamadiel García, declarou que os esportistas filiados ao sindicato denunciaram casos de manipulação ou manipulação de partidas.
Em entrevista à estação de rádio chilena Cooperativa, García disse que o SIfup recebeu "duas denúncias em anos anteriores", que foram levadas ao conhecimento da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) e "que devem ser investigadas de acordo, para ver se houve ou não manipulação de resultados".
Nessa linha, o dirigente do sindicato explicou que o sindicato tem um aplicativo no qual os próprios jogadores podem fazer denúncias desse tipo de forma anônima. "Em nosso aplicativo, há um botão que os jogadores de futebol podem usar para denunciar anonimamente se houver um agente externo que queira manipular uma partida", disse ele.
"Temos nossos advogados que são autônomos e que continuam com a investigação. O que não queremos é que haja esse tipo de má prática e que comecemos a ver o futebol com outros olhos. Pode haver erros, mas não pode haver trapaças", observou.
Sobre as apostas esportivas nesse contexto, García disse: "Alertamos os jogadores de futebol que eles não podem participar de nada disso, nem mesmo por meio de um membro da família, porque eles podem receber uma sanção exemplar que pode deixá-los sem uma carreira esportiva".
Discussão parlamentar
Como parte do debate sobre o projeto de lei para regulamentar os jogos de azar on-line, a Comissão de Economia e Desenvolvimento da Câmara dos Deputados aprovou que as pessoas que têm influência direta nos resultados esportivos sejam proibidas de jogar em plataformas de iGaming.
Na sessão de 9 de agosto, a subsecretária de Finanças, Heidi Berner, explicou que a indicação proposta pelo Executivo abrange esportistas, seus representantes, órgãos técnicos e dirigentes esportivos de federações e clubes.
Assim, o artigo 22 do projeto de lei diz o seguinte: "Aqueles que têm influência direta no resultado sobre o qual a aposta é feita não podem, por si mesmos ou por meio de um intermediário, fazer apostas em um determinado evento ou resultado."
"A superintendência definirá, por meio de uma regra técnica, os casos em que uma pessoa tem influência direta sobre o resultado. A restrição também incluirá esportistas, jogadores, os presidentes das respectivas federações e organizações esportivas, sua diretoria, as organizações de competição e também o treinador, representante, assistente técnico ou qualquer outra pessoa que exerça uma atividade diretamente ligada à prática do esporte", conclui a nova versão do artigo.