ESTAVA PROGRAMADO PARA AGOSTO

Panamá: LNB ainda não implementou sua loteria eletrônica e continua a treinar mais de 13.000 portadores de bilhetes

25-08-2023
Tempo de leitura 2:06 min

A Loteria Nacional de Beneficencia (LNB) do Panamá ainda não lançou oficialmente os dois primeiros jogos de loteria eletrônica do país: Loto e Pega 3. O Sindicato de Billeteros anunciou que entrará com uma ação judicial contra o contrato perante a Suprema Corte de Justiça nas próximas semanas.

A data de lançamento foi originalmente agendada para julho, mas depois foi adiada para agosto. De acordo com o que foi anunciado na época por Publio de Gracia, presidente do conselho de administração da LNB, os novos jogos de loteria começarão a ser jogados este mês todas as terças e sábados e não substituirão ou afetarão a venda da loteria tradicional de chances e bilhetes.

Quando questionado pela mídia local TVN, o departamento de Relações Públicas da LNB garantiu que "não há atrasos na implementação do produto". Nesse sentido, eles explicaram: "Tudo está dentro do cronograma de trabalho para então apresentar a parte da divulgação e finalmente ver a possibilidade de fazer o anúncio do lançamento dos jogos".

Segundo eles, nesta fase, mais de 13.000 agentes de ingressos e funcionários das agências da LNB localizadas no interior do país continuam sendo treinados, para posteriormente documentar os agentes de ingressos que operam na capital.

Essa preparação é necessária porque eles receberão um dispositivo eletrônico sem fio (handheld) que emitirá os bilhetes de loteria eletrônicos.

Ele acrescentou que outros processos técnicos e conexões bancárias estão sendo trabalhados, mas espera-se que o lançamento ocorra antes do final deste ano. Em junho, De Gracia havia anunciado que a nova loteria eletrônica seria paga com cartão de crédito.

Protestos de correntistas

O Sindicato de Billeteros, por sua vez, anunciou que nas próximas semanas entrará com uma ação contra o contrato na Suprema Corte de Justiça.

Fernando Gonzalez, secretário de supervisão do sindicato, disse que o processo continua a ser "permeado por desinformação". Conforme relatado pela mesma mídia, o representante dos trabalhadores disse que "tudo é improvisado e carece de planejamento" e que, dos trabalhadores do setor de notas consultados pelo sindicato, nenhum recebeu tal treinamento.

"No final, sentimos que este será mais um negócio que o governo está fazendo. A diretora da Loteria Nacional de Beneficência, Gloriela del Río, não aparece para mostrar a cara, vai ao Comitê de Orçamento para pedir dinheiro e não fala sobre o projeto. Não vemos nenhuma seriedade e não sabemos se isso vai nos beneficiar", disse ela.

González considerou que a LNB assumiu "uma posição de portas fechadas" e destacou que nenhum funcionário se reuniu com os portadores de boletos. De acordo com o contrato, a diretoria da LNB seria responsável pela elaboração de normas internas para regulamentar a loteria eletrônica, mas, segundo González, até o momento eles não foram informados sobre o conteúdo dessas normas.

Nesse contexto, o sindicalista anunciou que nas próximas semanas apresentará uma ação judicial perante a Suprema Corte de Justiça contra o contrato de 10 anos Nº2013(9)08l, assinado com o consórcio Panama Lottery Technology Services, formado pela Panama Scientific Gaming S.A. e pela Scientific Games International Inc. Essa ação judicial vem sendo analisada desde maio, quando o sindicato declarou que vê esse projeto como uma "privatização disfarçada" que será operada por uma empresa estrangeira e que poderia até levar a loteria à falência.

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