A Playtech compartilhou um novo relatório intitulado Jogo Responsável: Perspectivas e Tendências do Consumidor na América Latina 2022, que analisa os interesses e perspectivas de jogo dos usuários na região com base em uma pesquisa com 2.500 pessoas em cinco mercados-chave: Peru, Argentina, Brasil, Chile e Colômbia.
Esse estudo, que é uma segunda edição do relatório da Playtech, foi realizado para obter uma compreensão profunda das percepções sobre o jogo responsável, a melhoria dos canais de comunicação e a responsabilidade das empresas do setor, bem como dos governos responsáveis pelas leis e regulamentações.
Em média, 70% dos entrevistados disseram ter jogado on-line nos últimos meses, sendo o Peru o país com o maior número de jogadores ativos. De acordo com o relatório da Playtech, 82% dos peruanos disseram ter apostado ou jogado on-line nos últimos seis meses, a média mais alta da região, enquanto apenas 18% disseram não ter jogado.
Enquanto isso, três em cada quatro entrevistados (75%) na Colômbia afirmaram ter jogado on-line nos últimos seis meses. Atualmente, há 17 operadoras licenciadas na Colômbia e, em dezembro de 2022, havia mais de 8 milhões de contas ativas nessas plataformas. De acordo com Coljuegos, o crescimento tem sido constante, com os jogos de azar gerando cerca de US$ 1,7 bilhão em 2020 e US$ 3,5 bilhões no ano seguinte. Em 2022, o mercado regulamentado gerou aproximadamente US$ 4 bilhões em receitas.
Enquanto isso, no Chile, 68% dos entrevistados disseram ter jogado on-line nos últimos seis meses. De acordo com a Associação Chilena de Cassinos de Jogos (ACCJ), mais de 900 sites de jogos de azar on-line, que ainda não são regulamentados, podem ser acessados no Chile, e o mercado gera cerca de US$ 170 milhões por ano.
Por outro lado, seis em cada 10 (60%) brasileiros afirmam ter jogado nos últimos seis meses, de acordo com o relatório da Playtech. À medida que o Brasil avança na regulamentação das apostas esportivas online, com a publicação da Medida Provisória 1.182/2023, em 2021 o país teve a terceira maior renda per capita entre os países pesquisados na América Latina, um exemplo de mercado mais promissor para as empresas de apostas esportivas.
No caso da Argentina, 53% dos entrevistados disseram ter apostado on-line nos últimos seis meses. No entanto, 90% afirmaram que são jogadores responsáveis e que os jogos de azar e as apostas não afetam suas vidas diárias. De acordo com a empresa de serviços financeiros Barclays Plc, a Copa do Mundo de 2022 no Catar levou a um aumento nos jogos de azar no país, gerando US$ 35 bilhões em apostas.
Jogo Responsável na América Latina
Levando em conta as nuances econômicas e culturais predominantes na América Latina e para entender melhor as semelhanças e diferenças entre os consumidores da região, a pesquisa da Playtech examinou as percepções e definições dos jogadores, bem como a abordagem do jogo responsável.
Quarenta e nove por cento dos entrevistados destacaram a falta de ansiedade como o fator mais importante na definição de jogo responsável. Esse número foi mais alto no Peru (57%), seguido pela Colômbia (54%) e pelo Chile (51%).
No Brasil, o principal fator para os jogadores é a possibilidade de apostar em sites legais (60%), destacando a necessidade de regulamentação adequada do jogo no país. A legalidade dos sites também é um fator importante na Colômbia (52%), que tem uma regulamentação definida para jogos de azar e cassinos. Isso contrasta com a Argentina (29%), o Chile (32%) e o Peru (38%), onde a legalidade é menos prioritária para os entrevistados.
Independentemente dos resultados, "divertir-se jogando on-line" foi o fator número um para os colombianos (55%) e o terceiro fator mais importante para os peruanos (52%). No entanto, esse fator foi menos relevante na Argentina (46%) e no Chile (46%), onde "não gastar dinheiro que não se pode perder" em jogos de azar foi considerado o fator mais importante para definir o jogo responsável em ambos os territórios (citado por 53% e 56% dos entrevistados, respectivamente).
Para avaliar a opinião dos jogadores sobre seu próprio comportamento, a pesquisa pediu aos usuários de plataformas, como cassinos e casas de apostas, que autoavaliassem seu comportamento em termos de jogo responsável.
93% dos entrevistados na região disseram que se consideram jogadores responsáveis, divididos entre 58% que jogam por diversão e 35% que disseram que o jogo não afeta suas vidas diárias.
Analisando os resultados dos países com mais detalhes, 64% dos argentinos disseram que a diversão é sua principal motivação, em comparação com 61% no Chile e no Peru e 56% na Colômbia. Esses números contrastam com os do Brasil, onde apenas 46% dos entrevistados expressaram essa opinião.
Enquanto isso, 45% dos brasileiros disseram que os jogos de azar não afetam suas vidas diárias, seguidos pelos colombianos (37%), peruanos (33%), chilenos (30%) e argentinos (28%).
Apenas 4% dos entrevistados na América Latina não se consideram jogadores responsáveis, enquanto 3% acreditam que o jogo está se tornando um problema (4% no Brasil). Um por cento dos entrevistados tem certeza de que o jogo está prejudicando-os.
Por outro lado, 2% dos entrevistados da América Latina disseram não ter certeza do que é o jogo responsável, com picos de 3% tanto no Brasil quanto no Peru.