Com o avanço no Congresso do projeto de lei que legaliza o jogo, empresários do Espírito Santo cobram a legalização de apostas e cassino, para que o Estado possa oferecer esse serviço. Se a discussão evoluir e o projeto for aprovado, haverá um cassino capixaba, já que o texto permite uma unidade por federação.
Aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto só precisa ser aprovado no Senado. Nerleo Caus, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo (ABIH-ES), diz que o cassino é uma atividade moderna, com grande potencial para desenvolver a economia do Estado: “Não tem feriado nem em dia santo, funciona 24 horas por dia. Cria emprego, renda, arrecadação e traz turista”.
Caus reforça o posicionamento da ABIH para que a legalização aconteça o quanto antes. “Espero que seja liberado o mais breve possível. Temos tudo para recepcionar esse segmento no Estado, sobretudo nas montanhas, que apesar de ter um número menor de habitantes, tem um fluxo grande de visitantes”, conta.
Para o empresário Lucas Izoton, todos os países que têm melhor qualidade de vida têm cassinos. “O cassino atrai muita gente que tem recursos elevador. Não fosse a legislação, que está há décadas no Congresso, nós teríamos dois locais propícios no Espírito Santo: Guarapari e Pedra Azul”, afirma.
Ele destaca que o projeto faz uma série de exigências, tanto para a segurança das pessoas quanto para a proteção do negócio. “É algo que pode ajudar muito o Estado, principalmente nos pontos turísticos de maior atratividade”. Para ele, apesar de ser um negócio caro, que requer milhões, vale a pena o investimento.
Odeildo Ribeiro, presidente da Federação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade do Estado do Espírito Santo, diz que já passou da hora de legalizar os jogos de aposta.
“Estamos há sete décadas discutindo a legalidade ou não dos cassinos e das casas de aposta, um mercado forte e necessário.”
Para ele o Espírito Santo preenche todos os requisitos, inclusive para atuar com uma fiscalização forte. “É um excelente mercado para quem precisa de emprego porque alcança vários níveis, vários profissionais, gera renda e impulsiona o mercado direta e indiretamemte”, afirma.
Prevista criação de até 10 mil empregos com projeto
A discussão sobre a legalização ou não dos cassinos é antiga. Em 1946, as casas de apostas foram proibidas, desde então, o País perdeu trilhões de reais, empregos e impostos. Apesar do intervalo de 77 anos, uma coisa não mudou: o volume de empregos que os cassinos criam.
Ribeiro, da Federação dos Trabalhadores em Turismo, diz que com a retomada do negócio, o Estado pode criar 8.000 empregos diretos e indiretos.
“Nunca deveria ter sido proibido, é um negócio que existe no mundo todo. Quando estava a todo vapor, o Brasil tinha 40.000 pessoas trabalhando na área, isso naquela época, imagine quantos empregos seriam atualmente?”, questiona.
Para Izoton, os cassinos geram muitos empregos. “Entre diretos e indiretos, estima-se que possam ser gerados de 5.000 a 10.000 empregos no Estado”, afirma.