Mudanças na gestão

Arthur Lira confirma que Centrão fará indicações para comando da Caixa

19-09-2023
Tempo de leitura 1:47 min

O presidente da Câmara, o deputado federal Arthur Lira, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que o governo irá indicar nomeados do PP e de outros partidos do Centrão para o comando da Caixa Econômica Federal. O acordo faz parte da composição realizada pelo governo para fortalecer sua base aliada no Congresso.

De acordo com Lira, além do PP, outros partidos serão contemplados no comando da Caixa, como o União Brasil, o Republicanos. Até mesmo alguns deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, principal opositor do presidente Lula (PT), deverão ser agraciados.

Ao jornal, o presidente da Câmara afirmou que as indicações políticas para o comando do banco não podem ser criminalizadas por si só.

Ali as coisas têm que ser tratadas com muita transparência e vão ser tratadas com muita clareza. E vão ter, claro, indicações políticas que não serão criminalizadas por isso. A turma terá responsabilidade. A exoneração é o primeiro convite para quem não andar corretamente”, disse Lira.

Segundo o deputado, o acordo deverá ser o suficiente para solidificar de vez a base do governo principalmente na Câmara dos Deputados. No início do ano, o Palácio do Planalto teve dificuldade em aprovar projetos de seu interesse no Congresso, tendo que negociar com os deputados projeto a projeto.

De acordo com o jornal, Lira prevê agora um apoio ao governo que fique entre 340 e 350 deputados, o que já seria o suficiente, por exemplo, para a aprovação de projetos de emenda à Constituição.

Lira, entretanto, fez a distinção entre o que chamou de “apoio político” em contraposição a uma adesão total ao projeto de governo petista.

Estamos tratando de base de apoio. Não estamos tratando de outros tipos de projetos, por enquanto. Não quer dizer que não possa avançar, mas por enquanto nós estamos falando de apoio político no Congresso”, afirmou.

Os partidos do Centrão que fazem parte do governo Lula não apoiaram a candidatura do petista em 2022. União Brasil e PSD ingressaram no governo já durante a transição. Neste mês, Lula indicou Silvio Costa Filho, do Republicanos, e André Fufuca, do PP, com a expectativa de conseguir também o apoio de parlamentares desses partidos na Câmara.

“Não há diferença entre PP, Republicanos, PSD, União Brasil, enfim, todos esses partidos que não fizeram parte da base de apoio da eleição do presidente Lula. (Alguns) aderiram num primeiro momento e outros aderiram agora, numa composição”, afirmou Lira.

Apesar do acordo, Lira disse, contudo, que não concorda necessariamente com o modelo adotado pelo presidente Lula par atrair novos aliados.

Eu sempre combati isso. Mas essa é a maneira escolhida pelo governo que foi eleito democraticamente. O presidente Lula escolheu essa maneira de formar sua base, trazendo os partidos para ocupar espaço na Esplanada dos Ministérios”.

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