Depois de ser alertado que deputados estavam pedindo propinas a empresas de apostas esportivas para defender seus interesses na regulamentação do setor e abrandar as investigações na CPI das Apostas Esportivas - “não transformar a vida de seus associados num inferno” -, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu a pediu a um seleto grupo de parlamentares que redobrasse a atenção com os trabalhos da comissão, a fim de evitar pressões indevidas ou achaques às chamadas bets, o que poderia afastá-las do mercado brasileiro.
Apesar não haver nenhuma denúncia formalizada ainda, outras medidas foram tomadas. Segundo nova matéria da revista Veja sobre o assunto, uma das medidas partiu de José Francisco Manssur, o assessor especial da Fazenda que recebeu o relato da cobrança de propina e levou o caso ao ministro.
Cotado para assumir a Secretaria de Apostas Esportivas, Manssur disse a representantes de duas associações de empresas de apostas que o governo não compactua com a cobrança de propina, recomendou que nada fosse pago em qualquer hipótese e afirmou que, diante de tal posicionamento, ninguém poderia alegar no futuro ter sido vítima de achaque.
Em nota, o Instituto Brasileiro do Jogo Responsável afirmou:
“Em diálogo com a assessoria do Ministério da Fazenda, ouvimos uma recomendação que condiz com a nossa forma de atuar e de enxergar a evolução nas relações institucionais: não ceder a qualquer pedido não republicano que eventualmente viesse do governo ou do Congresso. Seguimos firmes com esse propósito”.