Conforme publicado ontem pelo portal !Yoba, o mercado de apostas esportivas, também conhecido como “bet”, tem ganhado cada vez mais popularidade entre os usuários online. O Brasil ocupa a terceira posição mundial em consumo de casas de apostas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Inglaterra, segundo dados da Comscore, empresa de análise de dados e métricas de mídia digital.
É um dos setores que mais crescem no país, movimentando mais de RS 120 bilhões por ano, segundo dados do BNLData.
Com a regulamentação das apostas esportivas no país em pauta no Congresso, o setor mira um faturamento ainda maior. A autorização para as plataformas de apostas operarem no Brasil também aponta para uma melhora na arrecadação do governo.
O segmento “Bet” já atraiu investimentos significativos de operadores internacionais, quetêm grandes expectativas para entrar em um dos maiores mercados potenciais do mundo. As empresas estão se preparando para competir em um ambiente regulamentado, estabelecendo parcerias com clubes esportivos, mídia e outras partes interessadas.
Para Leonardo Baptista, CEO e cofundador da Pay4Fun, primeira instituição de pagamento que atua no setor de apostas esportivas a receber a autorização do Banco Central do Brasil, a regulamentação vem para atender a uma demanda crescente no setor, estabelecendo diretrizes claras para o mercado e preenchendo as lacunas regulatórias que têm sido observadas desde a criação do setor.
Embora a legalização das apostas esportivas de quotas fixas tenha sido sancionada por Michel Temer pela lei 13.756/18, o mercado ainda não é regulado e as casas de apostas operam no Brasil com licenças de outros países, como Reino Unido, Malta e Curaçao, que são as mais populares.
A lei originalmente estabeleceu um prazo de dois anos para a regulamentação do setor, com a possibilidade de prorrogação por mais dois anos. No entanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha até o final de 2022 para efetivar a regulamentação das apostas esportivas. Neste momento, a responsabilidade de regulamentar o setor encontra-se nas mãos do atual governo.
A ausência de regulamentação tem inibido potenciais parcerias de negócios com operadores internacionais, que demonstram preocupação devido à falta de diretrizes claras no ambiente regulatório. O futuro desse setor em crescimento depende das decisões que serão tomadas pelo Senado, que tem até 30 de outubro para avaliar o projeto de lei 3626/23 em caráter de urgência.
Em poucos anos, a indústria de apostas esportivas se tornou um negócio bilionário no Brasil. Pesquisa recente da Datahub, plataforma que atua com big data e analytics, mostra que o segmento de apostas online cresceu 360% no Brasil entre 2020 e 2022, e que o número de empresa de apostas cresceu 135% no último ano.
O Brasil lidera o ranking dos países que mais acessam sites de apostas no mundo. Apenas no último ano, foram registrados mais de 14 bilhões de acessos, aponta levantamento do Cupom Válido e do Similar Web, o aumento no tráfego online reflete a crescente popularidade das apostas esportivas no país.
A expansão e a facilidade do Pix ajudaram a popularizar as bets no país, impulsionando ainda mais o crescimento desse mercado. A modalidade tornou-se o método de pagamento preferido entre usuários de sites de apostas online, segundo um levantamento realizado pela Pay4Fun. A pesquisa revelou que 9 em cada 10 usuários utilizam o Pix para realizar transações em sites de apostas esportivas.