A Comissão de Economia e Desenvolvimento da Câmara dos Deputados do Chile aprovou uma proibição na qual plataformas de iGaming que operaram ilegalmente nos 12 meses anteriores ao pedido de licença não serão autorizadas a funcionar pela Superintendência de Cassinos de Jogos (SCJ).
Essa proibição sobre a concessão de licenças de operação para o setor online está definida no artigo 13 do projeto de lei e foi incluída por proposta do Executivo chileno. Durante a sessão, a medida recebeu o apoio da subsecretária de Fazenda, Heidi Berner.
O texto diz: "[Será] motivo de rejeição fazer parte de um grupo empresarial que, por meio de qualquer uma de suas entidades, tenha operado uma plataforma de jogos de azar sem a devida licença de operação, ou sem a certificação que o autorize a operar de acordo com a lei, ou tenha anunciado ou oferecido seus serviços no Chile, nos últimos 12 meses anteriores à solicitação".
A medida acrescenta ainda que "a disposição afetará todas as plataformas que, atualmente, estão operando ilegalmente no país".
Nessa linha, o projeto adverte que "o catálogo de condutas ou ações para determinar que uma plataforma tenha explorado, anunciado ou oferecido seus serviços no Chile” inclui:
Após o debate sobre o artigo 13, também foi aprovado que a SCJ não concederá licenças "a empresas operacionais que estejam relacionadas ou façam parte de um grupo empresarial que opere em outras jurisdições sem ter autorização da autoridade reguladora competente nesses locais, desde que necessitem de autorização administrativa para operar legalmente".
"Também serão rejeitadas quando, tendo tal autorização, explorarem seus serviços utilizando softwares, equipamentos, sistemas, terminais, instrumentos, fornecidos por terceiros que, por sua vez, prestam esses serviços a plataformas não autorizadas nas respectivas jurisdições", disseram.
Nesse contexto, acrescenta o texto, "a Superintendência manterá uma lista de todas as jurisdições que exigem que as empresas de jogos de azar online tenham autorização para operar, e poderá solicitar assistência aos órgãos que as supervisionam em seus respectivos países".
Durante a sessão, também foi feita referência à decisão da Suprema Corte que ordenou que um provedor de Internet bloqueasse o acesso a 23 sites de jogos de azar online. Berner disse que o projeto de lei em questão reafirma que essas plataformas de jogos de azar online são ilegais e que, portanto, a legislação está sendo aprovada para criar uma estrutura regulatória.
"As plataformas de jogos de azar online são tão ilegais hoje quanto eram há alguns meses, quando começamos a processar as indicações. Isso é o que eu sempre defendi. De fato, o Serviço de Impostos Internos [SII] entrou com uma ação contra elas por comércio clandestino", explicou.
Além disso, a subsecretária de Fazenda disse que concorda com a decisão e que "deve ser feita uma lei que permita que essa atividade seja regulamentada de forma mais adequada, assim como o artigo 13, que acaba de ser aprovado e que dá à SCJ o poder de negar licenças de operação".
"Isso é totalmente consistente e está de acordo com a decisão da Suprema Corte, assim como outras regras propostas nesse projeto de lei", disse ele.