Nas últimas semanas o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, tem circulado por Brasília e realizado reuniões para garantir recursos das apostas esportivas para a Confederação Brasileira de Futebol.
Na semana passada o Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, visitou Ednaldo – que retribui a visita em Brasília nesta semana. O desejo da CBF sempre foi ter direito a 4% da receita bruta das apostas, e que o dinheiro não fosse tratado como público — o que evitaria prestações de contas aos órgãos fiscalizadores, como o TCU.
Com a tramitação do PL 3626/23 - que trata da regulamentação das apostas esportivas - no Senado e sua iminente aprovação, a confederação tem reforçado seu poder de articulação para garantir os recursos. O prazo para apresentação de emendas terminou nesta quarta-feira, 4.
Segundo a revista Exame, CBF também é a favor da criação de cadastro dos operadores de casas de apostas, cujo controle ficaria com a própria confederação. Desta forma, a fiscalização da cessão dos direitos comerciais, dos repasses e da criação de mecanismos contra a manipulação de resultados ficaria mais fácil.
Desde o início do ano a CBF tem feito reuniões com clubes para alinhar a distribuição dos valores a ser recebidos. Do montante arrecadado, a entidade pretende repassar 80% para os clubes e manter 20% para desenvolvimento do futebol brasileiro. O argumento é que, enquanto os times cedem as próprias marcas, a confederação cede os direitos dos torneios.