Como adiantado por Yogonet, os sindicatos que representam os trabalhadores dos hotéis e cassinos de Las Vegas, nos Estados Unidos, iniciaram as negociações com seus empregadores na terça-feira, 3 de outubro. Mais de 95% dos membros desses sindicatos votaram, no final de setembro, para entrar em greve.
Entre as exigências feitas pelos líderes sindicais, está um novo contrato de cinco anos que melhoraria as condições de trabalho, os salários e os benefícios de mais de 50 mil trabalhadores. A demanda está sendo levada a proprietários e operadores de estabelecimentos como MGM Resorts International, Caesars Entertainment e Wynn Resorts.
Ted Pappageorge, secretário-tesoureiro do sindicato do setor de culinária, disse que as propostas abrangem os maiores aumentos salariais em sua história, redução da carga de trabalho, mais segurança para os trabalhadores, entre outros pontos
Na visão dos sindicatos, a economia da cidade está começando a mostrar sinais de recuperação após a crise da COVID-19. A melhoria, no entanto, não se refletiu na vida dos trabalhadores.
De acordo com dados da Las Vegas Convention and Visitors Authority (organização que promove o turismo local), mais de 3,3 milhões de pessoas visitaram a cidade, número 7% menor do que no último ano antes da pandemia. Por outro lado, a tarifa média de um quarto para hospedagem está em US$ 158,47 (o equivalente a R$ 819, na cotação atual), um aumento de 31% em relação a 2019.
"As empresas têm a oportunidade de fazer a coisa certa para conseguir um contrato, mas se não o fizerem, pode haver uma greve a qualquer momento", disse Pappageorge.
Embora não haja uma data estipulada para a paralisação, "a greve pode começar a partir do dia 6 de outubro", disse o líder sindical que representa os trabalhadores que servem as mesas, limpam quartos de hotel e preparam comida para os hotéis e cassinos mais conhecidos da Las Vegas Strip, zona da cidade onde estão a maioria dos estabelecimentos.
As operadoras de cassino alegam que "os processos de negociação estão praticamente no ponto em que elas imaginavam que estariam nesse momento, com expectativas de chegar a um acordo em outubro", segundo Barry Jonas, analista de ações da holding bancária Truist, em uma nota.