A atenção do mercado de apostas no Brasil está voltada para o PL 3626/2023, que busca regulamentar o setor e traz novas questões para uma discussão que se arrasta há anos.
Apesar de certos pontos do PL gerarem discordâncias e serem considerados prejudiciais pelo setor (como a taxação de 18% sobre a receita bruta das apostas, conforme explicado anteriormente pela Yogonet), representantes ouvidos pela reportagem da Veja têm se mostrado confiantes com o avanço desse mercado no Brasil.
“É provável que testemunhemos um crescimento forte, uma vez que a legislação proporciona um ambiente seguro e atraente para investidores, operadores e apostadores”, afirmou Cristiano Maschio, presidente da instituição de pagamento Qesh IP.
Quem tem uma opinião semelhante é Marcos Sabiá, presidente do Galera.Bet. “Temos certeza de que o mercado continuará em crescimento, dado o potencial que tem o Brasil. E, como temos percebido nos últimos anos, não demonstrou ainda ter chegado ao seu pico, dados os elevadíssimos percentuais de crescimento nos últimos quatro anos.”
Como repercutido pela Yogonet, dados do Datahub mostraram que o número de empresas de apostas cresceu 135% entre 2022 e 2023. Só neste ano, foram abertas 221 empresas apenas neste ano, em comparação a 94 no mesmo período do ano passado.
Segundo o Banco Central, os brasileiros já apostaram mais de R$ 33 bilhões no primeiro semestre de 2023, um valor 13 vezes maior do que o enviado a sites de aposta no exterior nos primeiros seis meses do ano passado.
"Acredito que, com as novas regras, teremos mais empresas de reputação visando o nosso mercado. No cenário sem regulamentação, infelizmente ainda encontramos operadores que não cumprem normativas de jogo responsável, compliance e prevenção a fraudes, por exemplo, o que acaba por manchar um pouco a imagem do segmento no país”, afirma Darwin Filho, presidente do Esportes da Sorte.