PROGRAMA DE PREVENÇÃO

LaLiga espanhola tenta afastar futebolistas das apostas ilegais e da manipulação de resultados

31-10-2023
Tempo de leitura 1:11 min

A LaLiga, a liga de futebol mais importante de Espanha, procura assegurar que os jogadores que participam nos seus jogos se mantenham afastados dos escândalos de apostas e de manipulação de resultados.

Através de um programa implementado por seu departamento de Integridade e que já está no sexto ano, a LaLiga realiza workshops certificados e obrigatórios para os atletas durante a temporada. Através destas atividades, sensibiliza os futebolistas para os crimes de corrupção esportiva, manipulação de resultados e apostas ilegais.

O programa de prevenção é composto por quatro fases: prevenção e mensagem; vigilância e alerta; investigação e denúncia; e atividade internacional e nacional.

Em nome dos esportistas, a Associação dos Futebolistas Espanhóis (AFE) manifestou também a sua preocupação e envolvimento na prevenção da manipulação de resultados e das apostas ilegais.

A AFE participou numa conferência sobre a integridade no esporte, organizada pela Polícia Nacional e pela IntegriSport, na qual explicou o funcionamento do seu departamento de integridade e a sua cooperação com outras instituições, e na qual também participou o sindicato internacional FIFPRO.

David Aganzo, presidente de ambas as associações, recordou que a AFE tem um acordo com o Ministério do Consumo para monitorar o mercado das apostas, e revelou que tiveram de ajudar alguns jogadores de futebol que tiveram problemas relacionados com as apostas.

De acordo com um relatório do Gabinete das Nações Unidas para a Droga e o Crime (UNODC) publicado em 2021, mais de 1,6 mil milhões de euros são investidos em apostas desportivas ilegais.

Atualmente, o artigo 6.º da Gambling Act 13/2011 estipula que os esportistas, bem como os dirigentes e treinadores, estão proibidos de apostar nas competições em que participam. Em caso de infração destas regras podem ser aplicadas multas que variam entre 1.200 e 100 mil euros, além de uma sanção desportiva da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

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