Amazon é acusada de distribuir aplicativos ilegais de cassino nos EUA

A Amazon está sendo processada nos Estados Unidos em uma ação coletiva de consumidores que acusam a gigante da tecnologia de envolvimento em uma operação ilegal de jogos de azar online. 

O processo, aberto em 10 de novembro no estado de Washington, alega que a gigante do e-commerce lucrou bilhões com a distribuição de mais de 30 aplicativos ilegais de cassino para os consumidores e com o processamento de pagamentos de fichas virtuais.

Iniciado por um morador de Nevada, que se identificou como viciado em jogos ilegais de caça-níqueis online, o processo acusa a Amazon de formar uma "parceria perigosa" com cassinos virtuais. A empresa é questionada por oferecer aplicativos de "cassino social", considerados ilegais de acordo com as leis de jogos de azar do estado de Washington, conforme uma decisão judicial de 2018.

A acusação foca no modelo de jogo gratuito, que, segundo o processo, "contrabandeia máquinas caça-níqueis para as casas dos consumidores em todos os Estados Unidos, 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano". Os jogos, embora gratuitos, exigem que os usuários comprem fichas virtuais para prosseguir. A Amazon é acusada de manter um interesse financeiro de 30%, atuando como intermediária e banco.

Os jogos não geram pagamentos em dinheiro. Em vez disso, os usuários podem ganhar fichas virtuais e devem comprar mais para continuar jogando. De acordo com o processo, a empresa comercializa e distribui "agressivamente" esses aplicativos para os dispositivos Amazon e Android dos consumidores. 

O escritório de advocacia Edelson, com sede em Chicago, que lidera o processo, estima que "dezenas de milhares de consumidores" foram afetados pelas ações da Amazon. Os advogados buscam restituição, indenização e outras medidas judiciais.

O caso é o oitavo processo da empresa sobre aplicativos de cassino. Essa situação ocorre em um momento em que a Apple, a Meta e o Google enfrentam desafios legais semelhantes, com processos pendentes nos Estados Unidos. Até o momento, a Amazon não se pronunciou oficialmente.