A European Gaming and Betting Association (EGBA), associação comercial com sede em Bruxelas (Bélgica), pediu às autoridades da França que avancem nas discussões sobre a regulamentação dos jogos de cassino online.
O pedido vem na sequência de um estudo encomendado pela Autoridade Nacional de Jogos (ANJ), que alertou sobre a expansão dos jogos ilegais.
A pesquisa destacou que aproximadamente 3 milhões de indivíduos, de um total de 9 milhões de jogadores, frequentam sites ilegais, levando a uma estimativa de que o mercado clandestino de jogos de azar online da França poderia valer até 1,5 bilhão de euros (cerca de R$ 7 bilhões, na cotação atual) por ano em Gross Gaming Revenue (GGR).
Esse valor representa quase a metade da receita regulamentada de jogos de azar online da França e é atribuído principalmente aos jogadores que optam por cassinos virtuais, um segmento ainda não regulamentado pelas legislação nacional.
A EGBA destacou que a França é um dos dois países da União Europeia que proíbe os jogos de cassino online, promovendo assim um mercado clandestino com riscos inerentes.
Para proteger os jogadores e promover um ambiente seguro, a EGBA solicitou às autoridades francesas que reavaliem a proibição existente para os jogos de cassino online.
A associação recomenda uma estrutura regulatória baseada em um modelo de licenciamento múltiplo, permitindo que várias operadoras obtenham licenças "business-to-customer". Esse método é visto como o mais eficaz para reduzir os mercados clandestinos de jogos de azar online e garantir um ambiente regulamentado, de acordo com a EGBA.
Maarten Haijer, secretário-geral da EGBA
"O tamanho da operação clandestina na França é alarmante e acreditamos que esse seja um dos maiores mercados ilegais de jogos de azar da União Europeia, ao lado da Alemanha e da Itália. Dada a popularidade do cassino online e a necessidade de proteger os usuários, é imperativo que as autoridades francesas reavaliem com urgência a atual proibição, que é contraproducente e prejudica os apostadores”, disse Maarten Haijer, secretário-geral da EGBA.
"Ao regulamentar o cassino online por meio de um modelo de licenciamento múltiplo, a França protegeria melhor seus consumidores, recuperaria mais controle sobre seu mercado de jogos online e garantiria receitas fiscais vitais. A melhor maneira de combater um mercado clandestino é estabelecer uma alternativa competitiva de indústria regulamentada. O momento de agir é agora", concluiu.