Projeto deve ser votado nesta terça

Inclusão de cassinos online no PL das apostas gera divergência entre senadores

11-12-2023
Tempo de leitura 1:41 min

A inclusão de cassinos online na regulamentação proposta pelo projeto de lei (PL) 3.626/2023 tem sido motivo de divergência entre os senadores. Esse, inclusive, é um dos motivos apontados para o adiamento da votação do texto, que estava previsto para semana passada e deve ocorrer amanhã, dia 12 de dezembro, segundo o R7.

O projeto original, enviado pelo Governo Federal, não trazia menção aos cassinos virtuais. A modalidade foi incluída durante a tramitação na Câmara dos Deputados e, ao chegar no Senado, gerou resistência por parte de alguns parlamentares.

A discussão acontece em um momento no qual estados como Paraná e Maranhão têm realizado investigações e até prisões de pessoas envolvidas com o Fortune Tiger, popularmente conhecido como “jogo do tigrinho”.

Suspeita-se que o caça-níquel online integre um esquema de pirâmide financeira e esteja levando os usuários a perderem grandes valores enquanto influenciadores divulgam o jogo como uma forma de enriquecimento rápido.

“É um assunto tão grave… Um drama humano. A pessoa vai com o dinheirinho ali, contado, muitas vezes, e vem naquela ânsia, porque é influenciado hoje, os influenciadores dizem ‘ó, você vai ficar rico’, fazendo propaganda de enriquecimento rápido. É praticamente empurrar a pessoa para o abismo. Ela vai empobrecer, ela vai se endividar, ela vai adoecer. É isso que está acontecendo na realidade. E a gente já está vendo a ponta do iceberg”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que é contra a inclusão dos cassinos online no projeto, de acordo com o R7.

Relator do PL na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Angelo Coronel (PSD-BA), argumenta que o projeto vem para regulamentar algo que já existe e que há pontos na lei que trarão segurança para os apostadores e para todo o mercado, coibindo justamente a atividade ilegal.

O projeto foi feito simplesmente visando regulamentar os jogos que estão sendo campeados no Brasil há muitos meses sem deixar um centavo de receita para os cofres da União. Então, é acabar a clandestinidade e cobrar impostos, que farão feitos aos programas sociais do governo”, alegou Coronel.

Quem tem um pensamento na mesma linha é a advogada Raíssa Frida Isac, também ouvida pela reportagem do R7. “A regulamentação se torna essencial para estabelecer salvaguardas e diretrizes que evitem abusos, garantindo operações em padrões éticos e seguros. Logo, a posição de permitir, mas regulamentar, é fundamental para equilibrar os benefícios potenciais com a proteção dos jogadores e a prevenção de práticas prejudiciais”, argumentou.

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