Em resposta ao crescente número de pessoas afetadas pelo vício do jogo, a Prefeitura de Montevidéu (IMM) assinou um acordo com a Faculdade de Medicina da Universidade da República do Uruguai.
O município da capital uruguaia segue os passos dados em abril pela Direção de Cassinos do Estado, assinando um acordo com essa faculdade no âmbito do Programa de Prevenção e Tratamento do Jogo Patológico. Essa aliança resultou em um estudo que revelou que "no Uruguai há mais de 35 mil pessoas viciadas em jogos de azar e quase o dobro de pessoas que sofrem com o problema do jogo".
Por meio das ações da Gerência Municipal de Cassinos, será promovido o jogo responsável, o sistema de autoexclusão para jogadores problemáticos no Cassino Parque Hotel será aprimorado e as pessoas que solicitarem ajuda serão encaminhadas para a unidade criada na universidade.
Como parte do programa, os operadores do Casino Parque Hotel receberão treinamento sobre a melhor forma de detectar e lidar com jogadores problemáticos e viciados em jogos de azar.
Gerardo Lorbeer, responsável pela administração do Cassino Municipal, disse ao jornal El País: "Há operadores que estão lá há mais de 30 anos. Isso lhes permitiu ter os elementos para serem alertados por alguém que conhecem. Queremos tirar proveito desse acordo para que a academia possa nos orientar com mais firmeza sobre onde está o alerta precoce. Há muitos que conversam, dialogam com os funcionários e isso pode ser uma forma de solicitarem a autoexclusão e depois tentarem acompanhá-los. Eles podem continuar a frequentar o cassino sem sofrer as consequências que as próprias pessoas alertaram."
Da mesma forma, a faculdade buscará "selecionar recursos humanos e fornecer os recursos para o desenvolvimento da atividade mencionada", bem como "promover uma abordagem terapêutica individual, grupal e familiar e fazer registros individuais dos participantes do programa, para poder monitorar a evolução clínica e as investigações subsequentes".