Embora o governo do Equador tenha incluído a proposta de retomar os jogos de azar e reabrir os cassinos no referendo enviado ao Tribunal Constitucional no início de 2024, conforme relatado pela Yogonet, o presidente, Daniel Noboa, desistiu dessa intenção.
Os jogos de azar estão proibidos desde 2011 no país, após uma consulta popular realizada pelo então presidente Rafael Correa. Noboa pretendia usar o mesmo método para restabelecê-los.
Das 11 perguntas enviadas à Corte, aquela que se referia ao possível retorno dos cassinos e casas de jogos foi a única cancelada. Dada a crescente onda de violência no Equador, Noboa considerou inadequado introduzir um debate sobre jogos de azar. As demais perguntas do referendo, relacionadas a questões de importância geral, como segurança, combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, justiça e economia, continuarão.
O recuo do presidente ocorreu após a pressão de vários setores políticos, que temem que o retorno dos cassinos possa ser explorado pelas máfias do tráfico de drogas para realizar operações de lavagem de dinheiro.
Em uma mensagem emitida pela secretaria de comunicações da presidência, Noboa declarou: "O debate cidadão deve se concentrar na recuperação da paz, na luta contra os grupos terroristas, na consolidação das instituições do Estado e na geração de empregos".
A ideia inicial por trás da reabertura dos cassinos era recuperar pelo menos uma grande parte dos 25 mil empregos perdidos desde o fechamento, em 2011, das 160 casas de jogos existentes no Equador.