AUMENTO DE 350% PARA VICIADOS EM JOGOS

Cresce número de auxílio-doença do INSS por vício em álcool e jogo

29-01-2024
Tempo de leitura 1:51 min

Os benefícios pagos pelo INSS a pessoas com doenças mentais por vício em álcool e em jogos aumentaram em 37% e em 350%, respectivamente. 

Houve apenas 36 repasses a pessoas viciadas em jogos em 2023 - mas esse número sobe a cada ano. 

Em 2020, eram oito e em 2022, 11. Todos os pagamentos feitos pelo INSS foram para auxílio-doença. Os documentos foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pela coluna de Guilherme Amado no Metrópoles. 

Em 2023, o INSS pagou 4,3 mil benefícios por alcoolismo, ante 3,6 mil em 2022, uma alta de 19,5%. Antes disso, em 2021, foram 3,3 mil repasses, e 3,1 mil em 2020, primeiro ano da pandemia.

Dos 4,3 mil pagamentos em 2023, o equivalente a 78% (3,4 mil) foram destinados ao auxílio-doença. A Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) que trata da doença é “transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool”.

Benefícios do INSS pagos a pessoas com doenças mentais por vício em álcool:

Cresce número de auxílio-doença do INSS por vício em álcool e jogo

Jogos de Azar

O transtorno “jogo patológico” acontece quando há “episódios repetidos e frequentes de jogo que dominam a vida do sujeito, em detrimento dos valores e dos compromissos sociais, profissionais, materiais e familiares”, segundo o Ministério da Saúde.

O Ministério já declarou que o tratamento para dependência em jogos de azar não tem uma política específica no âmbito do SUS, mas por ser uma questão de saúde mental é possível tratar essa questão com psicólogos e psiquiatras na Rede de Atenção Psicossocial. Em caso de compulsão por jogos, é possível buscar tratamento nas unidades de saúde básica ou Centros de Atenção Psicossocial, os Caps, da rede pública.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que cunhou a denominação "gaming disorder" para o vício em jogos, o "transtorno de jogo é definido na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um padrão de comportamento de jogo ("jogo digital" ou "videogame") caracterizado por controle prejudicado sobre o jogo, prioridade crescente dada ao jogo em detrimento de outras atividades, a ponto de o jogo ter precedência sobre outros interesses e atividades diárias, e continuação ou intensificação do jogo apesar da ocorrência de consequências negativas."

"Para que o transtorno do jogo seja diagnosticado, o padrão de comportamento deve ser grave o suficiente para resultar em prejuízo significativo para o funcionamento da pessoa em áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes, e normalmente deve ser evidente por pelo menos 12 meses", especifica o site da OMS.

Com a regulamentação das apostas esportivas e jogos online, governo federal investirá 1% de todo o valor arrecadado na saúde.

 

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