A Pay4Fun, empresa de pagamentos online especializada no setor de iGaming, marcou presença na ICE London 2024, realizada entre 6 e 8 de fevereiro, no ExCel.
Durante o evento (o último realizado em Londres antes da transferência para Barcelona, em 2025), Leonardo Baptista, CEO e cofundador da Pay4Fun, concedeu uma entrevista exclusiva à Yogonet.
Ele falou sobre a regulamentação no Brasil, os planos da empresa para os próximos meses e a expectativa de entrada em outros mercados da América Latina. Confira abaixo:
Vocês estão novamente em Londres neste ano, com uma presença de muito destaque no Brasil. O que a Pay4Fun espera para 2024 em relação ao mercado brasileiro?
Olha, o Brasil está passando por uma mudança super importante. Agora, nós temos uma lei e estamos indo buscar uma regulamentação. Para a Pay4Fun, um dos temas mais importantes é a questão justamente de a lei falar que os operadores vão precisar trabalhar com empresas brasileiras autorizadas e reguladas pelo Banco Central, algo que já somos desde metade de 2022.
Então, a Pay4Fun está em uma situação muito boa. Hoje estamos ajudando os operadores a entender melhor a regulamentação. Um ponto que aconteceu conosco aqui na ICE, que foi muito bom, é que muitos operadores que trabalham com outros meios de pagamento vieram conversar com com a gente para perguntar justamente “olha, agora com a lei, o que eu devo fazer? Eu vi que vocês são autorizados. Como eu faço para operar com vocês, então?”.
Felizmente, para nós, que já tínhamos um mercado bastante grande (operamos com mais de 500 sites) há cada vez mais gente batendo na nossa porta e vindo trabalhar conosco. A feira está sendo um espetáculo.
Leonardo Baptista (à esquerda) com Fabricio Murakami, CMO da Pay4Fun
No ano passado, você me adiantou que parte do plano da Pay4Fun era o crescimento na América Latina para poder alcançar outros mercados. Como está essa situação e quais são os principais mercados que vocês veem como mais interessantes?
Uma mudança drástica com a questão da regulamentação no Brasil foi que nós brecamos a expansão para a América Latina, até pelo tamanho do mercado brasileiro, e entramos diretamente com o Banco Central para sermos os nossos próprios provedores de Pix.
Há um outro mercado que nos interessa demais: o argentino, que também estava passando por uma mudança grande devido às eleições.
Nossa ideia para esse ano é: no primeiro semestre, Pix direto com Banco Central e ITP, uma nova tecnologia do Open Finance no Brasil, já em fase final de implantação. Para o segundo semestre, vamos focar em Argentina, Peru e México.
Como você acredita que vai estar o mercado brasileiro no fim do ano, tendo em vista que temos tantas mudanças? O que vamos encontrar no Brasil em novembro e dezembro de 2024?
Eu acho que o governo vem fazendo um trabalho muito bom com relação à regulamentação. Não vai ser fácil implantar essa regulamentação no Brasil. Então, eu entendo que até março, abril nós tenhamos as portarias com as regras claras do jogo para todo mundo. Vai abrir a primeira janela de oportunidade para os operadores começarem a aplicar para licença e isso deve seguir.
Eu acredito que, no final do ano, nós tenhamos as primeiras operações “.com.br” oficiais. Então, se tivesse que dizer, assim como estou falando para os operadores, acho que nós temos quase um ano ainda (considerando que estamos em fevereiro) com a operação rodando offshore, com licenças de fora.