Reestruturação financeira

Chile: tribunal de Santiago dá sinal verde a processo de recuperação judicial da Enjoy

15-02-2024
Tempo de leitura 1:34 min

A 8ª Vara Cível de Santiago, no Chile, anunciou que deu início ao processo de recuperação judicial apresentado no final de janeiro pela Enjoy, operadora chilena do setor de jogos com atuação na América Latina, concedendo à empresa, até 24 de abril, proteção financeira prevista em lei.

Em comunicado da empresa à Comissão de Mercado Financeiro (CMF), foi informado que o processo de recuperação será conduzido pelo advogado e supervisor Juan Ignacio Jamarne, responsável por conduzir a instância com os credores.

Em 29 de janeiro, a Enjoy informou à CMF que seu conselho concordou em iniciar um novo processo de reestruturação financeira, dois anos depois de concluir um procedimento de recuperação judicial de seus passivos.

A Enjoy explicou que, no âmbito desse novo processo, "todos os créditos de antes da resolução de recuperação estarão sujeitos a esse procedimento, ou seja, aqueles originados antes de 12 de fevereiro de 2024".

"Assim, enquanto o acordo de recuperação judicial que será proposto no procedimento não for aprovado, a Enjoy está legalmente impossibilitada de atender, por ora, os créditos afetados pelo procedimento de recuperação judicial, tanto em capital quanto em juros acumulados até o momento", disseram.

Em outra declaração, a Enjoy disse que dará início aos primeiros passos para "reestruturar seus passivos e ativos, continuar com o desenvolvimento dos negócios e cumprir seus compromissos, a fim de finalmente recuperar sua normalidade operacional".

O gerente-geral da empresa, Esteban Rigo-Righi, afirmou esperar que “esse processo nos leve a um acordo que nos permita sair mais fortes e retomar nossos planos de investimento, melhorar a lucratividade operacional e fortalecer nossa posição financeira. Todas as prioridades estão voltadas para nossos funcionários, clientes, fornecedores e credores".

Por fim, a empresa disse que o processo envolve a empresa controladora Enjoy e não suas subsidiárias, hotéis e cassinos, que devem continuar a cumprir todas as suas obrigações como antes.

Queda das ações

No momento do anúncio da reestruturação financeira, o mercado reagiu negativamente. De acordo com o Diario Financiero, no fechamento das negociações na terça-feira, 30 de janeiro, na Bolsa de Valores de Santiago, as ações da Enjoy caíram 40,11%, para 0,524 pesos chilenos, o equivalente a R$ 0,0027.

Detalhe: nos primeiros dez minutos de negociação no mercado, as ações da empresa haviam despencando 60% e chegado 0,35 pesos chilenos (R$ 0,0018), queda que foi reduzida posteriormente.

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