Fernando Garita: "As regras do jogo estão mudando e vamos melhorar cada vez mais os produtos"

Anunciado como CEO da casa de apostas Betsul em novembro de 2023, Fernando Garita participou do último SBC Summit Rio, realizado entre 5 e 7 de março, no Rio de Janeiro (RJ).

Durante o evento, que reuniu mais de quatro mil pessoas, Garita conversou com a Yogonet sobre o processo de regulamentação no Brasil, os objetivos da empresa e outros temas.

Este é o primeiro grande evento  no Brasil após a aprovação da lei 14.790/2023, que regulamentou o setor de apostas. Qual a expectativa de vocês para a feira?

Viemos principalmente para ver novos fornecedores que estão no mercado e estamos interessados em conversar com muitos deles. As regras do jogo estão mudando e vamos melhorar, cada vez mais, cada produto.

A concorrência é boa e acho que quem não progredir na melhoria de provedor ficará para trás. Há restrições que a regulamentação está exigindo ou que imaginamos que virão. Acho que é importante levá-las em conta ao escolher esses fornecedores também.

Falando sobre as mudanças no Brasil, como a empresa está se adaptando a isso e se há algum tema com o qual vocês estão preocupados? Por exemplo, hoje de manhã você estava falando na conferência sobre tributação e os R$ 30 milhões de outorga que as empresas terão que pagar.

Estamos falando de uma grande quantia de dinheiro para empresas de grande ou médio porte. Isso vai ter um impacto, vai ter um impacto no fluxo de caixa e no dia a dia da operação.

E, bem, teremos de ver as opções quando as regras finais saírem. Tem muita coisa que ainda não está 100% definida nessa parte. Como é que vai ser? Onde vai ser recolhido [o dinheiro]? Onde eu tenho que depositar? O banco vai retê-lo, vou poder dispor de parte desse dinheiro ou vai diretamente para os cofres do governo? Todos nós estamos talvez um pouco ansiosos e preocupados em saber.

Estamos falando do fato de que aqui há um forte investimento no capital humano. As pessoas não imaginam quantos profissionais estão por trás de uma operação e o custo disso, o investimento que um empresário faz para manter uma operação ativa. Obviamente o negócio é lucrativo, mas toda vez que você tira uma parte dele, ele sofre mais.

A Betsul tem a campanha “Jogo do Bem”, que já destinou mais de R$ 5 milhões em recursos para causas sociais. Você acha que o setor, além de gerar empregos, também tem um papel de ajudar a sociedade em outras áreas?

Sim, temos o “Jogo do Bem que já está dando resultados muito positivos para ajudar diferentes grupos com os quais trabalhamos. Ultimamente, ele tem se tornado um sucesso.

Por exemplo, outras empresas nos procuraram para pedir auxílio sobre como construir esse tipo de ajuda, porque elas estão muito interessadas em aplicá-lo também.

A Betsul ficaria muito feliz em ajudar as empresas que quiserem se juntar a nós. Tomara que todos tenham um Jogo do Bem para todas as pessoas e para o Brasil. Eu sei que há alguns empresários que não fizeram isso de maneira pública, mas já ajudam muito em suas comunidades.

Quais os próximos eventos que vocês pretendem ir nos próximos meses?

Os que estão sendo realizadas aqui no Brasil e, com certeza, as feiras ou os grandes congressos. Nós temos um evento em outubro em Las Vegas [G2E], nós vamos ter um SBC em Portugal, que é muito grande. Então, acredito que a gente vá para os maiores e para os do Brasil mesmo.

A gente vai quase sempre com o mesmo objetivo: fechar alguns negócios e procurar fornecedores. É claro que você sempre tem que ir e ver o que o mercado está oferecendo. Aquele que ficar em casa não vai ver o que está acontecendo.