Em fevereiro, o executivo Waldir Marques Júnior foi anunciando como novo presidente da Associação Internacional de Gaming (AIGAMING), anteriormente chamada de Associação dos Intermediadores Digitais de Jogos Lotéricos (AIDIGLOT).
Durante a programação do SBC Summit Rio 2024, realizado de 5 a 7 de março no Rio de Janeiro (RJ), Marques Júnior (que também atua como diretor de assuntos regulatórios da WA.Technology) conversou com aYogonet.
Ele sobre o processo de regulamentação no Brasil e explicou o motivo da mudança de nome da associação, oficializada logo após a sua entrada no grupo.
Confira abaixo a entrevista:
Diante do processo de regulamentação, que era um desejo do setor, quais os outros desafios que você enxerga para a indústria no Brasil?
O maior que eu vejo é combater quem ficar na ilegalidade, essas pessoas que talvez fiquem de fora da regulação. Não vai ser justo para quem está operando na legalidade competir com quem está na ilegalidade.
Então, acho que o maior desafio do governo vai ser tentar coibir esses malefícios. E tem outros também. O transtorno do jogo patológico... Identificar, controlar e combater isso. Acho que vai ser um ponto mais sensível para o governo trabalhar.
Aproveitando que você tocou na questão do transtorno do jogo patológico, qual deve ser o papel das empresas no enfrentamento a esse problema?
As empresas são fundamentais, porque são elas na ponta para identificar quem são as pessoas que têm, possivelmente, esse transtorno do jogo patológico, que já tem uma CID [Classificação Internacional de Doenças] sobre isso. Realmente, é uma doença. Quem vai identificar isso é quem está na ponta.
Você está à frente da AIGAMING, que anteriormente se chamava AIDIGLOT. O que motivou essa mudança de nome?
A AIDIGLOT cuidava de um mercado mais centralizado, que são os intermediários de jogos lotéricos. Quando eu recebi o convite para ir para lá, eu falei "gente, a legislação que está saindo agora tratou do operador, tratou dos meios de pagamento, da prevenção à lavagem de dinheiro, do jogo responsável, mas não tratou, por exemplo, das plataformas digitais, que são, ao meu ver, o coração do negócio".
É quem gera emprego, gera renda e que faz o negócio girar. Então, faltaram para mim algumas partes que não estão na legislação. Eu falei "vamos abrir o leque dessa associação, trazer todo mundo para cá, para que a gente consiga batalhar e trazer essa regulação para todo mundo". Foi esse o nosso entendimento.