A operadora de jogos latino-americana Enjoy enviou um comunicado à Comissão de Mercado Financeiro (CMF) do Chile no qual confirmou que "recebeu e está analisando" propostas para seus ativos em território chileno e no Uruguai.
Os ativos no Chile incluem operações hoteleiras e oito cassinos. Segundo o jornal La Tercera, as fontes da Enjoy indicaram que o interessado é o grupo mexicano Logrand, que, em setembro de 2023, já havia demonstrado interesse em adquirir os negócios da empresa em seu país de origem.
Oficialmente, a Enjoy disse que "em relação a uma das ofertas e/ou declarações de interesse por ativos no Chile, há um operador internacional que manifestou seu interesse na operação do como uma única unidade de negócios, incluindo todos os seus ativos".
Atualmente, a Enjoy opera cassinos localizados em Antofagasta, Coquimbo, Viña del Mar, Rinconada de los Andes, San Antonio, Los Ángeles, Pucón e Castro. No Uruguai, opera um cassino Punta del Este cuja licença vai até 2036.
O Logrand Group, que tem 19 anos de experiência no setor, abriu seu primeiro cassino, o Paradise, na cidade de Monterrey, Nuevo León, em 2005. Em setembro de 2023, a empresa registrou operações em seis estados mexicanos, com 12 salas de jogos e uma presença minoritária em três outros locais.
A empresa também tem operações online em esportes, fantasy, caça-níqueis, cassino ao vivo, jogos de mesa, bingo, sorteios, e-sports e raspadinhas, de acordo com seu site oficial.
A respeito dos negócios no Uruguai, a Enjoy informou que também está analisando "expressões de interesse e ofertas" em Punta del Este. De acordo com o La Tercera, seriam duas empresas "diferentes da que manifestou interesse no Chile”.
Enquanto isso, a Enjoy enfatizou que as ofertas por seus ativos "não são vinculativas e estão sujeitas a condições, entre outras, à conclusão de uma due diligence", que consiste em investigar uma companhia ou pessoa antes de assinar um contrato.
Também foi dito que "as etapas a serem seguidas por tais ofertas estarão sujeitas à proposta de acordo apresentada pela empresa no âmbito do processo de recuperação judicial informado em 29 de janeiro de 2024".
Por fim, a empresa afirmou que "no momento, não é possível determinar os efeitos financeiros que a eventual execução de uma ou mais das ofertas poderia ter sobre os ativos, passivos ou resultados da Enjoy".
Vale lembrar que a recuperação judicial da Enjoy visa, justamente, a uma reestruturação financeira. A empresa deve publicar seu plano de acordo de reorganização judicial (JRA) em 12 de abril.