Público se irrita com "publicidade excessiva" de casas de apostas, diz estudo

A startup Orbit Data Science, especializada na análise de dados na internet, conduziu um estudo que apontou irritabilidade do público brasileiro com o que é considerado “excesso de publicidade” por parte de casas de apostas online. Para chegar a essa conclusão, a empresa analisou mensagens publicadas por usuários da rede social X (antigo Twitter).

Segundo a coluna Olhar Olímpico, do UOL, a pesquisa identificou que as apostas “furaram a bolha”: isto é, as discussões saíram do grupo de apostadores e chegaram à opinião pública. É uma mudança em relação a 2023, quando 70% das conversas vinham da comunidade de pessoas que apostam e apenas 30% do restante dos usuários.

O texto menciona que, atualmente, essa porcentagem é de 38% para o primeiro grupo e de 62% para o segundo. As conversas são classificadas por assunto e o tópico mais frequente é “estou muito irritado com excesso de publicidade”.

"Está cada vez mais na boca do povo, agora outras pessoas emitem opinião sobre o assunto, e essas opiniões são, em sua maioria negativas. São pessoas com opiniões negativas sobre manipulação, sobre publicidade, de o patrocinador do time ser o patrocinador do campeonato”, afirmou, ao UOL, Fernando Hargreaves, COO da Orbit Data Science.

As críticas à publicidade ocorrem em um contexto no qual as casas de apostas têm aumentando seus patrocínios e a presença na mídia. Na Série A do Brasileirão, por exemplo, 18 dos 20 times possuem contratos com empresas do setor. Os patrocínios, no entanto, vão além do futebol: o Big Brother Brasil (BBB) e o Carnaval deste ano também contaram com ações publicitárias de plataformas de apostas.

“A opinião ‘Sou contra patrocínio de plataformas de apostas’ também se mantém nas menções. Assunto alinhado a manipulação de resultados é impulsionada também a partir de reportagem feita no Fantástico sobre esquemas de apostas, o que colabora para a continuidade do assunto tanto entre os apostadores quanto pela opinião pública”, diz um trecho do estudo.

Neste link, estão disponíveis mais informações sobre os resultados obtidos pela Orbit Data Science.