Após negativa de Arthur Lira

Kajuru reforça pedido para CPI das Apostas ter acesso a documentos sigilosos da Câmara

Jorge Kajuru (Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado)
03-05-2024
Tempo de leitura 1:19 min

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), reforçou o pedido para ter acesso a informações sigilosas obtidas pela Câmara dos Deputados.

Como o Yogonet noticiou, a Câmara fez, em 2023, uma CPI própria para investigar supostos casos de manipulação envolvendo esquemas de apostas e, na época, recebeu documentos colocados em sigilo.

A nova comissão formada no Senado pediu para ter acesso, mas o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), negou. Uma das justificativas usadas foi a de que “a entrega desses documentos afrontaria o sigilo decretado e não necessariamente atenderia à finalidade da CPI”.

Lira também disse que “Câmara e Senado ocupam a mesma posição no sistema constitucional, na composição bicameral do Poder Legislativo, inexistindo qualquer hierarquia entre as Casas ou, ao menos, qualquer desnivelamento institucional que permita a requisição nos moldes efetuados”.

Em resposta, Kajuru alegou, segundo o jornal O Globo, que  "não há óbice para o fornecimento de informações aptas a embasar e suscitar a discussão entre parlamentares e técnicos especificamente designados para análise dos elementos de informação colhidos, sempre com resguardo do sigilo".

"Reiteramos, por meio deste documento, que a referida Comissão Parlamentar de Inquérito não visa a superposição ou reexame daquilo que foi feito pela Câmara dos Deputados, ‒  e aqui se firma este compromisso por parte deste Presidente -, mas tão somente de horizontalização das informações, visando aos melhores resultados para a sociedade brasileira", acrescentou o senador, em novo pedido feito a Lira.

Formada em abril, a CPI da Manipulação dos Jogos e Apostas Esportivas já ouviu o dono do Botafogo, John Textor, e representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O objetivo é investigar denúncias de manipulações no futebol ‒  segundo relatório da Sportradar, por exemplo, 109 partidas no Brasil tiveram suspeitas desse tipo em 2023. Além disso, o próprio Textor fez várias denúncias, ainda que, até momento, não tenha apresentado provas concretas.

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