CMO E CO-FUNDADOR DA PAY4FUN

Fabrício Murakami: "Queremos fomentar um ecossistema que seja justo para todo mundo"

03-05-2024
Tempo de leitura 3:46 min

O CMO e co-fundador da Pay4Fun, Fabrício Murakami, conversou com o Yogonet durante o BiS SiGMA Americas sobre o atual mercado em regulamentação, novidades em produtos e os planos de expansão da empresa. 

Fundada em 2018, a Pay4Fun é a primeira instituição de pagamento que atua no setor de apostas esportivas a receber a autorização do Banco Central do Brasil, e atua com mais de 500 sites integrados no segmento de entretenimento. Vencedora do Brazilian iGaming Awards em 2022 e 2023 na categoria ‘Melhor Meio de Pagamento’, a empresa foi finalista do prêmio também neste ano. 

O que a Pay4FUn está achando do BiS SiGMA deste ano?

É um evento muito especial. A gente teve a regulamentação do governo, a assinatura da lei no final do ano passado, então esse é o primeiro evento de grande extensão aqui no país. As portarias ainda estão sendo publicadas pelo Ministério da Fazenda, há pouco tempo tivemos a publicação da portaria de métodos de pagamento, essencial para a nossa área de atuação, e estamos aguardando as outras saírem. O mercado está vendo com muita expectativa a feira, por estarmos justamente nesse período de regulação virou um evento e grandioso e muitos negócios vão ser fechados.

E qual a sua avaliação sobre essa portaria de métodos de pagamento?

Estamos analisando a portaria e vamos soltar um estudo para o mercado a respeito, através de nossos especialistas de compliance de PLD. De qualquer forma, a gente achou que foi muito benéfico para o ecossistema das apostas aqui no Brasil. Sobretudo no que tange às transações com dinheiro, ou seja, as entradas e saídas. Como o operador deve cuidar desse dinheiro, quais são as representações gráficas, transacionais e operacionais que eles vão ter dentro desse setor no que tange a métodos de pagamento para o lado das empresas de pagamento.



Outra coisa boa é a determinação de que somente empresas autorizadas pelo Banco Central vão poder atuar nesse mercado. E a gente já tá há quase três anos com essa licença em mãos. Então a Pay4Fun já trabalha com tudo o que a portaria a determina há anos, e estamos tranquilos com as resoluções. Então acho que agora cabe muito mais um papel informativo ou de apoio aos operadores para que entendam exatamente como é que funciona, muito mais do que fazer grandes mudanças internas. 

E como a Pay4Fun tem trabalhado essa educação das empresas para adequação à regulação?

Desde o princípio todas as empresas que já trabalham com a gente passaram por esse processo de aprendizado, de como o Banco Central teria que enxergar as operações que ocorrem dentro do site deles. Então, através das conversas que tivemos, da pré-assinatura de contrato e depois na fase de integração, sempre nos preocupamos em orientar o operador ou merchant nesse sentido.

Eu acho daqui para frente começa um esclarecimento maior a respeito e a gente já foi contactado sobre isso por alguns clientes com dúvidas. Por exemplo, existe uma questão muito interessante em que as contas transacionais desses merchants podem ser aplicadas em títulos públicos. Ou seja, existe uma forma ainda de rentabilizar esse dinheiro das operações dessas contas.

Queremos fomentar um mercado, um ecossistema que seja justo para todo mundo, que seja seguro para o apostador na ponta final. E dentro disso, também estamos trabalhando algumas melhorias de produtos para dentro da nossa aplicação. Para poder, na verdade, brindar o nosso público final também com um pouco mais de opções em termos financeiros dentro da carteira.

A Pay4Fun já atende mais de 500 clientes, quais são os planos de expansão?

Para o segundo semestre temos um lançamento de produto bem importante que será a mudança do nosso app com uma série de funcionalidades novas. Eu ainda não posso adiantar muita coisa, mas em poucas semanas faremos um soft launch, alguns testes direto com o nosso regulador, e a partir do segundo semestre a gente vai ter novidades. Estamos trabalhando muito em termos de melhoria, em termos de oferecer um produto final que seja aderente com que o apostador final precisa em termos financeiros.

Já pensamos em expansão internacional, sim. Estamos conversando com parceiros em outros países, muitos dos nossos operadores atuam em nível Latam e nos questionam se estaremos presentes em outros países. Então essa confiança que o mercado B2B acaba depositando na gente é muito legal e precisamos, de uma forma ou de outra, corresponder a isso. Então, gente, mais para o final, depois desse lançamento a gente já pensa em expansão na América Latina.

Peru, Chile, México  e Colômbia são mercados em que já estamos de olho, sobretudo o Peru que está bem adiantado no processo de regulamentação. Mas é necessário um tempo de imersão nesses mercados para entender as características de cada um, hábitos de consumo em termos de pagamento, para poder chegar em souções certeiras.

Esses países não teriam Pix, por exemplo. 

Exato. o Pix foi uma coisa revolucionária que o Banco Central implementou e já está superando em muitas vezes o número de transações via TED ou DOC, que tendem a morrer. Boleto praticamente é uma coisa também que já não existe mais, pelo menos dentro do nosso mercado. E dentro dessa portaria de soluções de pagamento já está determinado que não é possível dar crédito para o jogador, ou seja, ele não vai poder pagar via boleto, não vai poder pagar via criptomoeda nem cartão de crédito. Então tem uma série de de travas que o governo acabou colocando para evitar o jogo excessivo, que é uma preocupação também que a gente divide com esse mercado.

Jerônimo Rubim
por Jerônimo Rubim
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