Ao mesmo tempo em que o projeto de legalização dos cassinos físicos, jogo do bicho e bingos (PL 2.234/22) tramita no Senado, um grupo de parlamentares assinou requerimentos para que o assunto seja mais debatido ‒ parte deles, inclusive, já se manifestou publicamente de forma contrária à liberação dos jogos.
Nesta quarta-feira, dia 15 de maio, há a expectativa de que o projeto seja votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidania (CCJ). A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) apresentou requerimentos para que o PL 2.234/22 passe também pelas comissões de Assuntos Econômicos (CAE); de Assuntos Sociais (CAS) e de Segurança Pública (CSP), informa a Agência Senado.
“Além de ser uma porta aberta para os crimes de colarinho branco, a legalização dos jogos de azar favorece crimes contra o patrimônio como furtos, roubos, invasão de domicílios, fraudes contra seguros”, diz um trecho do requerimento que pede a análise do projeto pela CSP.
Entre os senadores que assinaram o requerimento proposto por Gama, estão Jorge Kajuru (PSB-GO), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Alessandro Vieira (MDB-SE), Damares Alves (Republicanos-DF) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Crítica ao projeto, Gama argumentou que, por mais que o Estado arrecade com os jogos físicos, teria que gastar no combate a crimes e a problemas de vício em jogos. “A justificativa de que vamos fazer arrecadação não se sustenta. Lá na frente, o resultado é na saúde, na segurança. Ou seja: é entrar por um lado e sair, em grande quantidade, do outro”, disse segundo a Agência Senado.