Oposição consegue adiar mais uma vez a votação do PL 2.234/22 na CCJ do Senado

Mais uma vez, a oposição conseguiu o adiamento da discussão do PL 2.234/22 (antigo PL 442/91) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ do Senado. O projeto que legaliza cassino em resort turístico e fluvial, bingo, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalos foi retirado ao pedido do senador Marcos Rogério (PL-RO), que citou a ausência do relator da proposta, Irajá Silvestre (PSD-TO), na reunião.

A discussão do projeto, que tem sido defendido pelo governo federal para ampliar a arrecadação, será retomada na próxima quarta-feira (22). Porém, alguns senadores ouvidos pelo jornal Gazeta do Povo afirmam que o projeto deve ser votado apenas em junho.

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O PL 2234/22 já está tramitando na CCJ há 1 ano e 10 dias na comissão, e sua aprovação está metida em um imbróglio político que inclui a sucessão da atual presidência do senado.

Magnho José, do BNLData, comentou que a "ausência do relator na reunião da CCJ desta quarta-feira foi estratégica para abaixar a fervura e reduzir a pressão manifestada pelos opositores da proposta na Ordem do Dia do plenário desta terça-feira."

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou voto separado pedindo a rejeição da proposta. Ele ressaltou a sua indignação com o fato do Senado querer votar a “legalização da jogatina” em um momento de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Para ele, o retorno de bingos e cassinos representa uma “tragédia” relacionada à lavagem de dinheiro, corrupção e perdas financeiras para as famílias.

“Tanto a Câmara como o Senado nunca deixaram de estar em sintonia com a grande maioria do povo brasileiro, que sempre rejeitou os jogos de azar. Brasileiro é contra porque sabe o que é ter um viciado em casa, um familiar que perde tudo”, disse Girão, em discurso no plenário do Senado.