O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Wilson Seneme, desacreditou as acusações de John Textor sobre manipulação de resultados no Brasileirão 2023 em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado na última quinta-feira, dia 6 de junho. As informações são da Agência Senado.
“Dou a ele 0% de possibilidade. Com a experiência que tenho, não vi e não identifiquei nenhuma ação que possa dar a mínima referência e transformá-la em algum tipo de manipulação de resultado. Erros de arbitragem ocorrem. Mas transformar um erro de arbitragem em denúncia por manipulação de resultado, na minha visão, é uma ação irresponsável”, disse Seneme.
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Baseado em relatório da empresa francesa de análises Good Game!, o dono da SAF do Botafogo tem incendiado o cenário do futebol com acusações de manipulação de resultados envolvendo jogadores, árbitros e diversos times na série A. O presidente da CPI no Senado, Jorge Kajuru (PSB-GO), chegou a afirmar que há "indícios indiscutíveis" no material apresentado por Textor e que agora cabe à CPI investigar os fatos.
John Textor em depoimento na CPI (imagem: Roque de Sá/Agência Senado)
Estúdio VAR
Após do depoimento, Seneme teve uma reunião privada com os senadores Jorge Kajuru e Carlos Portinho, e um "estúdio do VAR" semelhante ao utilizado nos jogos do Brasileirão foi montado para uma apresentação.
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Foram instalados sete monitores simulando o espaço de Video Assistant Referee (VAR) com o objetivo de tentar esclarecer como funciona o VAR na prática, indo além das informações que são postas em público durante partidas de futebol. Seneme explicou que muitas das críticas ao sistema são por desconhecimento do público, e frisou que todos os procedimentos são padronizados pela Fifa.
O presidente da comissão de arbitragem afirmou que há planos de fazer um VAR itinerante, com a montagem do equipamento em locais como shoppings, para dar a possibilidade do torcedor ver e manipular o equipamento.
Veja a parte do depoimento de Seneme na CPI: