Uma pesquisa encomendada pela CNN ao Datahub, plataforma de análise de dados, aponta que o setor de apostas online cresceu 734,6% entre 2021 e abril de 2024.
Há três anos, havia 26 empresas que tinham como atividade principal a operação de jogos de azar e apostas online. Esse número passou para 79 empresas em 2022 ‒ a mesma quantidade de casas de apostas abertas apenas nos primeiros quatro primeiros meses de 2024. O interesse internacional no mercado regulado do país também cresceu, com o aumento de duas para cinco empresas estrangeiras no último ano.
O estudo aponta que o interesse crescente pelo mercado brasileiro é "incentivado pela nova legislação que pode oferecer maior previsibilidade e segurança jurídica”. Felipe Mesquita, executivo de contas da Datahub, afirmou à CNN que, apesar da autorização para operação no país desde 2018, “a virada veio depois da pandemia, quando as pessoas pararam de interagir diretamente, o que deu espaço para os serviços de tecnologia. O setor de apostas teve um boom muito forte”.
Nesse sentido, o estudo do Datahub aponta que 59,8% dos apostadores têm de 22 a 36 anos, sendo a principal faixa de idade deste público, notadamente a geração mais conectado ao mundo eletrônico e virtual.
Mesquita também afirmou à CNN que o "mercado cresceu, cresce e deve continuar crescendo”, opinião que coincide com a do presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Plínio Lemos Jorge.
Em entrevista neste final de semana à IstoÉ, ele disse que "mais da metade da regulamentação já avançou" e que a partir de janeiro de 2025 teremos um mercado totalmente regulamentado.
“A partir do dia 1º de janeiro de 2025, as empresas de apostas esportivas precisam ter CNPJ brasileiro. Pagar os impostos aqui, municipais e até estaduais. Sem CNPJ, elas não podem operar no Brasil”, ressaltou Jorge.
Assista à entrevista abaixo: