Como o Yogonet tem noticiado, a resistência da bancada evangélica no Senado é o maior empecilho para o avanço do projeto de lei (PL) que autoriza o funcionamento de cassinos, bingos, jogo do bicho e apostas em corrida de cavalos no Brasil, aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na última quarta-feira, 19 de junho.
O PL 2.234/22 agora segue para apreciação no plenário - ainda sem data marcada -, mas mesmo com a relatoria favorável do senador Irajá Silvestre (PSD-TO) e o apoio do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o jornal O Globo informa que a bancada evangélica tenta arrastar a tramitação da legalização dos jogos de azar.
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Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado
Depois da aprovação apertada na CCJ do Senado, com 14 votos a favor e 12 contra, a frente evangélica pediu na reunião de líderes da Casa de quinta-feira que o texto passe por outras comissões antes de ir a plenário.
Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), político expoente da bancada evangélica, o projeto pode tramitar por até três comissões: Assuntos Econômicos, Direitos Humanos e Segurança Pública. Além disso, o presidente da Frente Evangélica da Casa, Carlos Viana (Podemos-MG), apresentou um requerimento para realizar uma audiência pública sobre o tema.
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Todas essas manobras têm a intenção de travar a pauta no Senado – o PL já foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2022 – e angariar apoio popular contra a proposta antes da votação final no plenário.
Um dos principais argumentos da bancada evangélica é o de que o projeto de legalização dos jogos pode causar problemas sociais em meio a casos de dependência (ludopatia) e de falências financeiras, além de, na visão dos críticos, favorecer a lavagem de dinheiro.