O presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), Hazenclever Lopes Cançado, concedeu uma entrevista ao jornal Diário de Pernambuco em que destaca a importância da regulamentação do setor em nível estadual.
Na conversa, no entanto, não foi mencionada a polêmica envolvendo o pedido da Loterj para que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tome providências e proceda com o possível bloqueio de 115 sites de apostas que atuam no Rio de Janeiro sem a licença estadual.
“Atualmente, cinco casas de apostas estão operando com nossa licença (Apostou RJ, BestBet, MarjoSports, Rio Jogos e PixBet). Pagamos mais de R$ 2 bilhões em prêmios aos apostadores nesse tempo juntos. Isso sem intercorrências, sem um problema, provando que é possível, sim, trabalhar com bets legalmente no Brasil”, afirmou Cançado.
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“Somos um exemplo de que é possível ter as bets regulamentadas, é possível trabalhar pagando impostos, aplicando um jogo responsável, aplicando o jogo legal, combatendo a ludopatia (compulsão por jogos de azar), combate a lavagem de ativos, combate ao financiamento de terrorismo”, complementou.
Ao Diário de Pernambuco, Cançado ressaltou ainda outros números da Loterj. Segundo ele, o lucro da autarquia possibilita que sejam custeadas mais de 7,5 mil refeições diárias para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Além disso, os recursos obtidos são usados para financiar projetos nas áreas de esporte, formação profissional e combate à violência contra a mulher.
A vantagem da regulamentação, na visão do presidente da Loterj, é não apenas garantir segurança ao apostador, mas também fazer com que o dinheiro das apostas fique no estado, tenha um impacto para a sociedade ao invés de ir para paraísos fiscais.