A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado tem elementos suficientes para continuar suas investigações até o fim do ano, afirmou o presidente da comissão, Jorge Kajuru (PSB-GO). A informação é da Agência Senado.
A comissão investigadora foi instalada no dia 10 de abril com o prazo de duração de 180 dias, mas além de novos documentos recebidos pela Receita Federal e pela Polícia Federal, a CPI afirma que há mais de 300 partidas de futebol sob suspeita de manipulação dos resultados.
Junto aos "fortes indícios" do material entregue por John Textor, dono da SAF do Botafogo, os senadores da comissão buscam por provas "irrefutáveis" de manipulação. Em março deste ano, a Sportradar, empresa especializada em tecnologia, coleta e análise de dados esportivos, divulgou seu relatório apontando que houve 109 partidas suspeitas no Brasil em 2023 ‒ nenhuma delas, no entanto, foi na série A do Brasileirão, como acusa Textor.
“A grande maioria dos atletas no Brasil está em condição de vulnerabilidade econômica. Eles [os manipuladores] viram um cenário muito propício para a manipulação aqui, e a partir de 2015 vimos um aumento de casos. (...) Quem está mais suscetível, mais vulnerável, são os atletas de clubes pequenos”, disse o gerente de parcerias de integridade da Sportradar, Felippe Marchetti, em depoimento à CPI no dia 18 de junho.