Em entrevista à CNN, o ministro do Turismo, Celso Sabino (União), reforçou o seu posicionamento favorável à legalização dos cassinos, em discussão atualmente no Senado por meio do projeto de lei 2.234/22 (que também autoriza bingos e jogo do bicho).
Sabino afirmou que a iniciativa permitirá que o Brasil se iguale a outros países que permitem a operação de resorts integrados com cassinos. O ministro citou que muitos brasileiros atravessam a fronteira para jogar na Argentina, Paraguai e Uruguai, onde a atividade é legalizada.
“Apenas um empreendimento [resort integrado com cassino] vai mobilizar mais de bilhões de reais para sua implantação. Nós pretendemos ter pelo menos um em cada estado da federação. Haverá estados que poderão ter mais de um, dado o seu tamanho territorial e também a sua população. Esses empreendimentos vão marcar a história do turismo brasileiro. Esses esforços do governo federal, somados à aprovação desse projeto, vão colocar o turismo brasileiro em um outro patamar”, afirmou Sabino.
Os estados que poderão ter mais de um cassino, como citado pelo ministro, são os seguintes: São Paulo (limite de três), Rio de Janeiro, Pará, Amazonas e Minas Gerais (limite de dois cada), prevê o PL 2.234/22.
De acordo com Sabino, a ideia é que os resorts integrados com cassinos sirvam também como local de apresentações musicais e grandes eventos, garantindo que só pessoas maiores de idade acessem a área dos jogos.
“Dentro de uma área específica que vai poder ter jogo de roleta, jogo de baralho, enfim, jogo de dados. Mas aquele local vai servir para apresentações culturais, para apresentações artísticas, para shows de artistas internacionais. Já tem grandes redes internacionais, donas de cassino que movimentam grandes artistas como Madonna, Beyoncé, Taylor Swift, que vão trazer essa turma para cá para fazer espetáculos e mobilizar o público”, disse.
Aprovado no dia 19 de junho na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, o projeto aguarda votação no plenário, em uma data ainda não definida. O Congresso entra de recesso na quinta-feira, dia 18 de julho, e retorna no dia 1º de agosto.
“Nós vamos trabalhar para que esse projeto, logo nas primeiras semanas do mês de agosto, entre em processo de votação no Senado e depois para sanção do presidente, considerando que ele já foi aprovado na Câmara dos Deputados”, declarou Sabino à CNN.