Alessandro Valente, cofundador da Super Afiliados e um dos responsáveis pelo Brazilian iGaming Summit, falou em entrevista à Exame sobre o potencial de crescimento do setor de apostas esportivas no Brasil.
Com a estimativa de que os sites de apostas esportivas movimentem mais de 100 bilhões de reais por ano no Brasil, o que equivale à cerca de 1% do produto interno bruto (PIB) do país, o empresário fala com otimismo sobre o setor.
“O potencial de crescimento do setor de apostas esportivas no Brasil é gigantesco. Quantas pessoas fazem apostas no país? Só 14% da parcela da população que tem mais de 18 anos de idade.”, disse à Exame.
Uma pesquisa feita pelo Globo Esporte no começo deste ano constatou que os sites do gênero são patrocinadores master de 39 dos 60 times que fazem parte das séries A, B e C.
Além disso, o UOL calculou que os patrocínios chegam a 450 milhões de reais no Campeonato Brasileiro.
“Precisamos desmistificar esse segmento, cuja razão de ser é divertir os apostadores. Sim, é possível ganhar dinheiro ao jogar. Mas não se trata de algo imoral ou de uma fonte fixa de renda, como algumas pessoas, erroneamente, apregoam nas redes sociais.”, disse Valente à publicação.
À frente da Super Afiliados — maior empresa de afiliação do mercado de apostas no Brasil — o empresário recorre ao chamado marketing de performance para engrossar as fileiras dos apostadores online.
“Globalmente, esse tipo de estratégia responde por mais de 30% do total de novos jogadores".
Com o Brazilian iGaming Summit (BIS), Alessandro Valente criou um evento que visa fomentar o setor no país.
A edição deste ano refletiu o pujante novo mercado brasileiro, agora em processo de regulamentação, e alcançou um novo patamar no mundo dos eventos do setor na região, tornando-se absoluta referência na América Latina.
A presença de mais de 10 mil pessoas e de 250 expositores de todo o planeta mostrou que o mundo dos jogos está atento ao que acontece no país, e quer lucrar com o novo mercado. Os painéis e discussões com executivos e especialistas do setor indicaram a grande preocupação dos players para que as bases da legalização e regulamentação contenham as melhores práticas do setor.
“Criamos oportunidades para que diversos players desse segmento dialoguem, inclusive, com integrantes do governo”, disse Valente à Exame.
Em entrevista, ele também ressaltou que defende o aval para os cassinos no país.
“Precisamos reverter um tabu que já tem quase 80 anos”, disse. “Os cassinos não se resumem às apostas. Ajudam a impulsionar o turismo e envolvem uma porção de outros atrativos, como gastronomia e shows musicais", incluiu o empresário.