Se o projeto de lei (PL) 2.234/22 for aprovado, o estado do Pará, na região Norte do Brasil, poderá ter até dois cassinos. Na visão do economista Nélio Bordalo, conselheiro efetivo do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá (Corecon-PA/AP), a implementação de cassinos representa uma oportunidade de melhoria para a economia local.
Bordalo compartilhou esse ponto de vista em entrevista ao jornal paraense O Liberal, afirmando que a chegada desses empreendimentos demandaria uma grande quantidade de mão de obra, que vai desde a parte da construção até a operação, com segurança, garçons, crupiês, funcionários de limpeza, entre outros.
"Este aumento no emprego pode reduzir as taxas de desemprego locais e melhorar a qualidade de vida da população. O aumento do fluxo turístico traria benefícios para hotéis, restaurantes, lojas e outros serviços”, disse ao jornal.
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O economista ressalta ainda a possibilidade da arrecadação tributária com os jogos ser revertida em benefícios para a população por meio de investimentos em infraestrutura, saúde, educação e segurança pública.
Aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado em junho, o PL 2.234/22 aguarda votação no plenário. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou que a matéria deve, provavelmente, ser votada apenas em outubro, já que outros assuntos são vistos como mais urgentes.
Pelo texto do projeto, cada estado e o Distrito Federal poderão ter até um cassino integrado com resort. As exceções são justamente o Pará, Minas Gerais, Amazonas e Rio de Janeiro, que poderão ter até dois cada um. Já São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, poderá contar com um limite de três cassinos. O PL legaliza ainda a atividade de bingos e do jogo do bicho.