A Coljuegos, entidade reguladora dos jogos de azar na Colômbia, informou que transferiu 168 processos à Procuradoria-Geral do país para investigar a responsabilidade de pessoas físicas e jurídicas que teriam incorrido no crime de exploração de jogos de azar sem autorização.
Conforme explicou o presidente da entidade, Marco Emilio Hincapié, as investigações abrangem atividades ilícitas como a operação não autorizada de máquinas caça-níqueis eletrônicas, módulos de apostas online e outros jogos que não pagam os respectivos direitos de exploração e despesas de administração.
“Essas transferências representam um passo significativo em nosso esforço para erradicar as operações ilegais no setor. Estamos comprometidos em proteger o mercado legítimo e as transferências que são feitas para a saúde dos colombianos mais necessitados”, comentou Hincapié.
Do total de denúncias transferidas para a entidade investigadora, 100 correspondem ao período entre janeiro de 2020 e junho de 2023. “Esses processos foram paralisados na Coljuegos por administrações anteriores”, completou Hincapié.
A entidade indicou ainda que trabalha adicionalmente com a Procuradoria-Geral da República do país em 27 investigações conjuntas, visando conferir eficácia e celeridade aos processos.
Estas denúncias buscam iniciar investigações criminais que permitam garantir os direitos da Coljuegos, dado que a entidade se diz vítima de estruturas criminosas que se financiam por meio de apostas ilegais.
Além das denúncias relatadas, a Coljuegos também abriu 438 processos administrativos sancionatórios contra jogos localizados e novos e 160 investigações adicionais contra portais ilegais de apostas online.
Recentemente, a entidade reguladora procedeu à destruição de um total de 1.444 elementos de jogos ilegais de sorte e azar, que tinham sido apreendidos em diversas regiões do país, e que foram avaliados em mais de 120 milhões de pesos colombianos (aproximadamente R$ 125 mil).
Relativo aos sites ilegais, a Coljuegos bloqueou mais de 8.676 sites de promoção de casas de apostas esportivas, bem como casinos online que funcionavam sem autorização. De acordo com a legislação colombiana, a exploração de jogos de sorte e azar sem autorização constitui crime previsto no artigo 312 do Código Penal, relativo ao exercício ilícito de atividade monopolista.
Os responsáveis poderão incorrer em crimes como lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito, bem como a possibilidade de enfrentar processo de perda de propriedade de bens imóveis que tenham sido utilizados para exploração de jogos ilegais.