Associação de Mulheres da Indústria de Gaming

"AMIG nasceu da coragem de mulheres e busca equidade de gênero na indústria", dizem representantes do grupo

isandra Pereira Branco, Marcella Santiago e Ana Paula Carvalho Souza - AMIG.
Da esquerda para a direita: Lisandra Pereira Branco, Marcella Santiago e Ana Paula Carvalho Souza, da AMIG.
13-08-2024
Tempo de leitura 4:20 min

Promover a equidade de gêneros no mercado de jogos e apostas é uma das principais iniciativas da Associação de Mulheres da Indústria do Gaming (AMIG). A organização sem fins lucrativos é pioneira no Brasil e foi lançada em 2024 a partir da união de seis mulheres que atuam no mercado de jogos.

Combater o machismo e empoderar as mulheres nessa indústria são algumas das ações do grupo que realiza diversas ações e convida as associadas a sessões educativas, networking e encontros temáticos. 

Em fevereiro deste ano, a casa de apostas Mr.Jack publicou pesquisa sobre o perfil do apostador brasileiro. Os resultados mostram que 16,8% são do gênero feminino, enquanto 82,6% são do gênero masculino e 0,6% de outros. Isso significa que a cada seis apostadores, um é do gênero feminino. 

Segundo o Mr. Jack, a relação entre mulheres e apostas esportivas ainda tem espaço para crescer, e ações de publicidade também devem ser voltadas às mulheres. Além de ser um público muito relevante estatisticamente, isso pode gerar mais empatia e conexão com a marca. 

Entre as ações mais recentes, a AMIG propõe às mulheres a colaboração na pesquisa "Participação e Desafios das Mulheres na Indústria de iGaming". O intuito é buscar entender e melhorar a experiência das mulheres no setor de jogos e apostas online.  

Em entrevista por e-mail ao Yogonet, Marcella Santiago, especialista em legislações de gaming na América Latina, Europa e Ásia e secretária do comitê de planejamento da AMIG, fala desta ação e das demais iniciativas do grupo. 

Também contribuíram com entrevista ao Yogonet: Ana Paula Carvalho Souza, supervisora de Marketing no comitê de Comunicação, e Lisandra Pereira Branco, supervisora do Comitê de Assessoria de Imprensa da AMIG.

Confira a entrevista:

Como e por que surgiu a iniciativa de criar a Associação de Mulheres da Indústria do Gaming (AMIG)?

A AMIG nasceu da visão e coragem de seis mulheres do mercado de Gaming: Ana Bárbara Costa Teixeira, Ana Helena Pamplona, Bárbara Teles, Luciana Hendrich, Natalia Nogues e Teresa Caieiro.

A AMIG, uma organização sem fins lucrativos pioneira no Brasil, tem como objetivo promover uma mudança de equidade de gênero na indústria, atraindo mais talentos femininos para o setor e aumentando a visibilidade e valorização das profissionais que já atuam nesse campo.

Com isso, visamos apoiar, capacitar e desenvolver mulheres para que assim consigamos promover a diversidade e ampliação de oportunidades para todas nas diversas áreas do setor.

 Qual a importância de uma associação destinada às mulheres do setor de jogos?

Desde a criação da AMIG, o feedback das associadas tem sido extremamente positivo. A associação tem sido fundamental para que mulheres do setor se conectem fora do ambiente de trabalho, participando de feiras, eventos e interagindo em nosso grupo de WhatsApp, que hoje conta com mais de 270 profissionais e interessadas no setor.

Esses espaços proporcionam oportunidades para networking, troca de experiências e visibilidade profissional. A AMIG facilita a construção de relacionamentos e promove suporte para que essas mulheres se sintam apoiadas e reconhecidas em um setor onde a presença feminina, apesar de significativa, ainda é subestimada.

A resposta à adesão de associadas tem superado nossas expectativas - o que revela um potencial imenso de mais mulheres atuando no setor de iGaming.

Você considera que há machismo dentro deste setor? O que pode ser feito para enfrentá-lo?

Sim, infelizmente, o machismo é uma realidade neste setor, assim como em muitos outros. Isso torna a entrada e a ascensão de talentos femininos no segmento mais desafiadora.

A AMIG trabalha para sensibilizar sobre essas questões, oferecendo treinamentos e criando espaços seguros para que as mulheres compartilhem suas experiências e busquem soluções coletivas. É encorajador ver que, desde o início da nossa associação, recebemos um forte apoio dos homens no setor, o que confirma nossa crença de que a mudança ocorre através da conscientização e do compromisso de todos.

A AMIG nunca será contra os homens; pelo contrário, acreditamos que a verdadeira transformação e o progresso vem do apoio e da colaboração entre todos os membros da indústria

A AMIG vem promovendo workshops com debates sobre a indústria de jogos e apostas no Brasil. Há outras ações e projetos futuros que gostariam de compartilhar?

Sim, temos muitas iniciativas em andamento, afinal, somos mais de 360 profissionais colaborando e trocando ideias sobre o setor todos os dias. Além dos workshops e das parcerias com empresas de recrutamento e seleção, oferecendo vagas exclusivas com posições de prestígio no segmento, estamos desenvolvendo vários projetos voltados para a capacitação e o crescimento profissional das nossas associadas.

Entre os futuros projetos, visamos programas de mentoria, cursos especializados, imersões com instituições do setor, além de pesquisas para compreender melhor os desafios enfrentados e assim pensar em mais ações que atendam às reais necessidades, e muitas outras novidades que vamos divulgando conforme tomam corpo.

 Como a associação avalia o processo de regulamentação do setor de jogos e apostas no Brasil?

Regulamentação é sempre algo positivo. Quando um setor é regulamentado, medido e avaliado, ele tem mais chances de crescer de forma justa, contínua e transparente.

É claro que há pontos a melhorar, mas o trabalho que vem sendo feito por muitos profissionais ao longo dos anos é enorme. Comparado a outros setores, a indústria de iGaming tem avançado continuamente na criação das leis e na conscientização de temas importantes, como a segurança dos consumidores e a promoção do jogo responsável.

Se olharmos para trás, vemos que já progredimos e estamos dando passos importantes em direção a um mercado mais competitivo, regulado e transparente. Além de fomentar e ampliar a discussão que o foco do mercado é o entretenimento saudável, e como ele pode contribuir na geração de empregos, na arrecadação de impostos e em investimentos sociais no Brasil.

Qual o número atual de associadas e como as interessadas podem se juntar ao grupo?

Atualmente, contamos com pouco mais de 360 associadas em apenas cinco meses desde a fundação da AMIG. Esse número só aumenta. É muito gratificante ver que a AMIG se tornou um ponto de referência para a capacitação, troca de ideias, apoio e networking no setor.

Para as mulheres interessadas em se associar, basta visitar nosso site, amig.bet, e clicar no botão "associe-se".

Empresas e homens que desejam nos apoiar e contribuir podem acessar a página para apoiadores e conferir os pacotes e benefícios disponíveis. Para conferir tudo o que acontece na AMIG, fique de olho também em nossas redes sociais em @amig.bet 

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