"Queremos ser um dos principais players no mercado de bets. Há muito espaço para crescer e isso tem um efeito social muito grande", afirmou o presidente da Caixa Econômica, Carlos Vieira, sobre a regulamentação do setor. A informação está no site da Época Negócios.
Ele já havia afirmado em entrevistas que a estatal queria "recuperar o espaço perdido nesse segmento. "Hoje, 52% do faturamento com loterias e apostas no Brasil é da Caixa. Mas nosso potencial é chegar a 65% do mercado”, disse.
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A Caixa detém o monopólio de exploração de jogos das loterias federais e no primeiro semestre do ano arrecadou R$ 12,3 bilhões com esses jogos - um crescimento de R$ 2 bilhões em relação ao mesmo período de 2023.
Segundo a reportagem, a expectativa da Caixa Loterias é que a arrecadação com as apostas em bets fique em cerca de 50% do que a Loterias Caixa obtém nos jogos tradicionais, inicialmente. Com a maturidade da operação, a tendência é que o valor possa crescer.
"Grande parte dos impostos cobrados sobre as loterias são destinados ao público que precisa de assistência. A Caixa quer estar presente no segmento de bets e há uma série de iniciativas a serem construídas", explicou Vieira. Ele também afirmou que "as bets não impactam nos jogos tradicionais da Caixa, mas resolvemos entrar por conta da natureza concorrencial".
"Vamos fazer uma ação educativa no banco para os apostadores. Isso vai distinguir a Caixa do restante do mercado, através da responsabilidade que tem sobre o apostador e a destinação dos recursos para a sociedade", afirmou ele, observando que as empresas que atuavam até agora eram agentes de meio de pagamento, usando esse mecanismo fora do Brasil, e sem nenhum retenção de recursos para o país.
Vale lembrar que, entre os 113 pedidos de autorização no Sistema de Gestão de Apostas (SIGAP) do Ministério da Fazenda, está o da Caixa Loterias.