Influenciadores mirins continuam sendo usados para publicidade de sites de apostas
Uma reportagem do jornal O Globo deste final de semana noticia que o Instituto Alana denunciou a empresa Meta, dona do Instagram, ao Ministério Público de São Paulo após identificar dez perfis de influenciadores mirins que promovem sites de apostas para menores.
"Eles têm entre 6 e 17 anos e são de Alagoas, do Ceará, da Paraíba, do Rio e de São Paulo. Além de recrutar crianças para publicidade, essa teia ilegal de interações já adentrou o ambiente escolar e tem levado ao vício em jogos de azar", afirma o jornal.
Com canais entre 200 mil e 9,5 milhões de seguidores, os 'publiposts' são gravados pelos pais ou responsáveis legais dos menores e associados a sorteios de motos, celulares e dinheiro.
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Como já informou o Yogonet, casos semelhantes já foram denunciados antes ao Ministério Público. Um perfil de uma menina de seis anos que tem quase 3 milhões de seguidores nas redes fazia publicidade de cassinos online e apostas esportivas nas redes sociais
Publicidade ilegal
Os conteúdos de cassino online divulgados nos perfis dos influenciadores mirins costumam ficar disponíveis por 24 horas com um link que diz que a plataforma indicada está pagando para quem desejar apostar.
"É possível ver nas respostas aos posts que inúmeras crianças comentam e são influenciadas. A falta de regularização desses jogos e de fiscalização da Meta contribuem para violação dos direitos. As famílias são a ponta mais fraca, porque todos estão imersos na febre dessas publicidades ilegais" alerta Maria Mello, coordenadora do Criança e Consumo do Instituto Alana.
Em nota, a Meta afirmou que não permite menores de 13 anos em suas plataformas, salvo em casos de contas gerenciadas por um responsável, e que remove “conteúdos potencialmente voltados a menores de 18 anos que tentem promover jogos online envolvendo valores monetários”. A Promotoria da Infância e Juventude de São Paulo analisa a denúncia do Alana.
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