ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS

Abras irá a Brasília para tentar limitar impactos das apostas no setor varejista

Presidente da Abras, João Galassi
30-08-2024
Tempo de leitura 1:28 min

Criar possíveis limitações no uso de cartão de crédito e na liberação de empréstimos consignados (no holerite) voltados para pagamentos em jogos.

Essas são algumas das propostas que o comando da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), maior entidade supermercadista do país, levará a Brasília para exigir normas mais rígidas envolvendo a regulamentação das apostas esportivas online. A informação é do jornal Valor Econômico

A associação afirma que há um possível efeito no consumo das empresas do setor varejista por conta da explosão de apostas no país, e quer que o governo tome ações e edite portarias cerceando o alcance das bets.


O CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, também demonstrou preocupação com o avanço das apostas

A reportagem afirma que, em pesquisas internas, "redes identificaram que empregados estariam obtendo empréstimos na folha de pagamento, em parte, para fazer jogos online e pagar dívidas."

Essa discussão vem desde o início do ano, quando o Instituto Locomotiva publicou um estudo que detectou que o brasileiro estaria utilizando os recursos que guarda na poupança para tentar a sorte nas bets.

O aumento nos gastos no setor estaria, desde aquela época, preocupando especialmente o varejo alimentar, cujas vendas são mais dependentes da renda familiar do que de crédito.

Em abril, o presidente da Abras, João Galassi, já havia pedido ao Ministério da Fazenda a aplicação do Imposto Seletivo (IS) sobre a atuação das casas de apostas.  

Urgência

O conselho consultivo da Abras tem uma reunião nesta sexta-feira, 30 de agosto, às 16h, para tentar "avançar de forma mais efetiva para agilizar a discussão em Brasília, para realmente termos limitações de valores e na propaganda”, disse Márcio Milan, vice-presidente da associação. 

A intenção é que, pela urgência do tema, a questão avance junto aos políticos da mesma forma que avançou a polêmica do crescimento dos marketplaces asiáticos, quando uma portaria foi publicada com regras de atuação mais claras, disse ao Valor uma fonte a par do tema.

Empresários do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) já estiveram com o vice-presidente Geraldo Alckmin tratando desse assunto, declarou, nesta semana, o CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano.

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