A BIG Brazil, responsável pela operação da marca Caesars Sportsbook no Brasil, está entre as empresas que fizeram pedido de licença federal no Ministério da Fazenda para atuar no mercado regulamentado do país.
Em entrevista exclusiva aoYogonet, André Feldman, CEO da BIG Brazil, avaliou o momento do setor e revelou detalhes sobre os planos para o Caesars Sportsbook.
“A plataforma já está no ar no estado do Rio de Janeiro [onde obteve licença da Loterj]. Nacionalmente, somente após a obtenção da licença federal, que estimamos ser no início de 2025”, afirmou.
Feldman também disse que o foco da plataforma está no público de alta renda, em apostadores que sabem o que é “Caesars, o que oferecemos e os diferenciais que existem em nossas plataformas de jogos online e físico em outros países”.
Confira abaixo a entrevista:
De que forma você avalia o andamento da regulamentação no Brasil até agora? Acredita que a legislação foi bem construída com a lei 14.790 e com as portarias ou há pontos que precisam ser aprimorados?
A legislação brasileira está muito bem construída e embasada dentro das melhores práticas internacionais. A questão tributária no Brasil é sempre um desafio devido à complexidade das normativas fiscais, lembrando que estamos à beira de uma reforma tributária. Acredito que esse seja o principal ponto de atenção deste processo.
O peso de uma carga tributária desproporcional pode incentivar a perpetuação do mercado informal enquanto uma tributação justa contribui para uma maior formalização do mercado.
Além do pedido de licença federal, a BIG Brazil também adquiriu a licença estadual no Rio de Janeiro. Qual o motivo de vocês terem optado pela aquisição das duas outorgas?
As normas federais prevem que cada operador pode ter até três marcas e uma licença estadual, além da licença federal. Pois bem, nós optamos pela licença estadual no Rio de Janeiro pelas características de estado-nação do Rio, maior que muitos países europeus.
O Rio detém aproximadamente 20% de todo o mercado de jogos do Brasil. Sem dúvida, o potencial do estado é um incentivo a qualquer empresário do setor.
Em entrevista ao jornal O Liberal, você disse que a empresa pretende disputar licitações de loterias criadas por municípios e estados. Como você vê esse potencial mercado?
Essa intenção existia antes da publicação das portarias do ministério [da Fazenda] que limitaram a quantidade de licenciamento estadual por parte dos operadores, portanto, agora estamos apenas com uma estadual (Rio) e a federal no radar.
Em meio a bets, jogos online, loterias da Caixa e à possível legalização de cassinos, bingos e jogo do bicho, você acha que há demanda e espaço para loterias municipais e estaduais prosperarem ou existe o risco de “canibalização”, de uma modalidade tomar o público da outra?
Existe espaço, sim. Cada tipo de loteria e jogo tem seu nicho. O produto para uma operação municipal se difere de um produto para o estado, que, por sua vez ,se difere de um produto federal, não são iguais.
As empresas de apostas são maioria entre as patrocinadoras dos principais times de futebol do Brasil. Esse tipo de patrocínio está no horizonte da BIG Brazil ou ainda é muito prematuro para falar disso?
Não está. Nosso posicionamento de marketing não contempla o mercado do futebolístico.
Caso queira acrescentar algo que não foi perguntado, fique à vontade.
O Caesars Sportsbook não é uma bet, é Vegas. Esse é nosso posicionamento. Seremos uma plataforma direcionada ao público de alta renda, que vê no jogo online uma oportunidade de entretenimento e diversão, e não erroneamente uma forma de renda extra ou investimento.
Nosso produto tem um nicho específico, para um público que sabe o que é Caesars, o que oferecemos e os diferenciais que existem em nossas plataformas de jogos online e físicos em outros países.