Regulamentação dos jogos de azar pode criar novos polos turísticos, afirma ministro

A regulamentação dos jogos de azar no Brasil pode transformar o setor turístico do país, promovendo a criação de novos polos turísticos por meio da instalação de resorts com cassinos em diferentes regiões, conforme avaliação do ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), segundo O Globo. 

Sabino acredita que a proposta pode ser votada ainda antes das eleições municipais e que sua implementação trará benefícios significativos para a economia e o turismo nacional.

“Resorts cassinos são projetos que demandam grandes investimentos, geram empregos e contribuem para o crescimento do turismo em todo o mundo”, afirmou o ministro. Ele também ressaltou que a medida pode incentivar a circulação de turistas brasileiros e atrair mais visitantes estrangeiros.

Durante sua participação na reunião do Grupo de Trabalho de Turismo do G20, em Belém, Sabino foi cauteloso ao falar sobre o impacto econômico do projeto, citando estimativas de R$ 20 bilhões mencionadas pelo senador Irajá (PSD-TO), relator do projeto de legalização. “É preciso aguardar a aprovação no Congresso para uma avaliação mais realista”, comentou o ministro.

Entretanto, Sabino destacou que o impacto vai além das cifras. Ele apontou que a instalação de cassinos e resorts integrados ajudará a movimentar setores como cultura e gastronomia, além de fortalecer o turismo em locais que atualmente não são grandes centros turísticos. “Esses empreendimentos vão trazer um novo dinamismo, criando oportunidades para o desenvolvimento de áreas menos exploradas. Queremos levar esses resorts para áreas mais afastadas, criando novos polos de desenvolvimento turístico”, afirmou.

Grupos internacionais, como Sanders e Hard Rock Café, já demonstraram interesse em investir no Brasil, segundo Sabino. Empresas de diferentes países, como Estados Unidos, China e Chile, também avaliam a abertura de cassinos no país, o que poderá aumentar a arrecadação e gerar mais empregos, destacou a reportagem de O Globo.

Em relação aos desafios, o ministro foi questionado sobre a preocupação com o vício em jogos de azar. Ele reconheceu a necessidade de estabelecer regras claras para mitigar o problema, mas destacou que esse fator não deve impedir o avanço da regulamentação. “O número de acidentes de trânsito é elevado, mas não proibimos os veículos. O mesmo se aplica aos jogos de azar; o importante é a criação de normas adequadas”, comparou.