A Justiça de Pernambuco determinou a soltura do CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, nesta segunda-feira, dia 23 de setembro. O executivo havia sido preso no dia 6 como parte da Operação Integration, que apura suspeitas de lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais.
Além do CEO, também foram beneficiados pela decisão outros investigados detidos na operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, como a influenciadora Deolane Bezerra.
Tanto Silva Filho quanto Bezerra negam as acusações de que estariam envolvidos com o suposto esquema criminoso apontado pela investigação. Pouco antes de se entregar à polícia, o CEO da Esportes da Sorte chegou a divulgar uma carta se defendendo das acusações.
“Eu acredito muito na justiça e tenho absoluta certeza da minha conduta e de todas as pessoas que trabalham conosco, sei que tudo isso será esclarecido”, escreveu, na época.
No mesmo dia em que saiu a ordem de soltura dos investigados, a Justiça também pediu a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima. A decisão, tomada pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, cita “conivência com foragidos”, segundo o g1.
Gusttavo Lima (imagem: Augusto Albuquerque)
A acusação é que Lima teria ajudado dois investigados da Operação Integration com pedido de prisão em aberto a sair do país ao dar carona em seu avião particular.
Os investigados em questão são o dono da VaideBet, José André da Rocha Neto, e sua esposa, Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha. Ambos acompanharam o cantor em um voo à Grécia e não retornaram ao país para se apresentar à polícia. O casal, no entanto, foi posteriormente beneficiado pela mesma decisão que soltou o CEO da Esportes da Sorte e não é mais alvo de prisão.
"A conivência de Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima] com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade", diz um trecho da decisão judicial reproduzido pelo g1.
O cantor viajou para Miami nos Estados Unidos, antes do pedido de prisão e, até o momento, não foi preso. A defesa de Lima criticou a decisão da juíza.
“É uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais. A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira”, diz uma nota divulgada.