O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) divulgou o resultado de um estudo sobre o impacto das apostas online no Brasil que foi encomendado à LCA Consultoria Econômica.
De acordo com os dados, os gastos com jogos representam entre 0,2% e 0,5% do consumo total de uma família e entre 0,1% e 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “Mesmo em crescimento no país, as apostas esportivas têm um impacto modesto na saúde financeira das famílias”, afirmou o IBJR no Linkedin.
“É importante ressaltar que, nesse mesmo período, não houve indícios de que houve alteração relevante no endividamento das famílias por conta de participação em jogos e apostas. Mesmo assim, o setor continua crescendo, oferecendo mais opções de entretenimento e fomentando a economia sem comprometer significativamente a renda das famílias”, acrescenta a entidade.
O posicionamento do IBJR pode ser considerado uma resposta a diferentes estudos e setores que vêm levantando preocupações sobre o impacto das apostas de quota fixa no orçamento das famílias.
Recentemente, um estudo do Banco Central (BC) apontou que R$ 3 bilhões oriundos de beneficiários do Bolsa Família teriam sido enviados em Pix para casas de apostas apenas no mês de agosto.
O dado causou grande repercussão na imprensa e no meio político, mas também levantou questionamentos sobre a metodologia utilizada ‒ o advogado Fabiano Jantalia, especialista em Direito dos Jogos, chegou a gravar um vídeo apontando supostas inconsistências no estudo do BC.
O material produzido pela LCA Consultoria Econômica alega ainda que utilizar depósitos ou turnover para estimar tamanho do mercado resulta em superestimação, já que não considera o recebimento de premiações e o fato de que os recursos não vão integralmente para as casas de apostas.
A pesquisa completa pode ser lida neste link.