“Aposta não é coisa de criança”. Esse é o mote da nova campanha de conscientização lançada pela Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL). Como o próprio nome diz, o objetivo é combater a utilização de plataformas de apostas por menores de idade.
Embora o cadastro de pessoas abaixo de 18 anos em bets seja proibido, o foco da iniciativa estará em conscientizar pais e outros responsáveis a não permitirem o acesso de menores de idade por meio de CPFs de adultos. Além disso, pretende-se reafirmar o compromisso da indústria em não permitir que crianças e adolescentes envolvam-se com jogos de azar.
A campanha será veiculada nas redes sociais da ANJL. Uma das peças diz que “Apostas são uma forma de entretenimento para adultos. É preciso ter educação financeira e controle”.
Plínio Lemos Jorge
“Até sábado, Dia das Crianças, as redes sociais da ANJL vão comunicar a todos – mercado, governo, pais e outros responsáveis – que as casas de apostas são totalmente contrárias ao ingresso de crianças e adolescentes em suas plataformas”, afirma Plínio Lemos Jorge, presidente da ANJL, em comunicado oficial.
A associação lembra ainda que, a partir de 1º de janeiro, será obrigatório o recurso de reconhecimento facial para acessar sites de apostas, o que deve impedir o uso por menores de 18 anos.
No entanto, milhares de sites que não solicitaram a licença federal e não pretendem fazê-lo ainda estão em funcionamento no país, deixando crianças expostas.
Leonardo Benites, diretor de Comunicação da ANJL e que atua há anos na publicidade da indústria de apostas, considera importante que os players do setor também transmitam a mesma mensagem.
“As casas de apostas sérias, que estão se submetendo à regulamentação, não têm interesse no público infantil. Mas precisamos estar todos atentos àquelas que descumprem e continuarão descumprindo o que diz a legislação sobre esse tema e resguardar as crianças e os adolescentes”, disse Benites.