Haddad envia à Anatel lista para bloqueio de mais de 2 mil sites de apostas irregulares

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira, 10 de outubro, que enviou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) uma lista com cerca de 2.040 sites de apostas que serão bloqueados por irregularidades.

O bloqueio será realizado pelas operadoras de telecomunicações sob orientação da Anatel, interrompendo o acesso a esses sites em território nacional, informou reportagem do Poder 360.

"As empresas de telefonia, por encaminhamento da Anatel, vão impedir o acesso no Brasil. Quem não está regular, nem em processo de regularização, sai do ar amanhã [sexta]", declarou Haddad durante uma entrevista no Ministério da Fazenda, em Brasília.

O ministro também alertou os usuários com valores depositados nesses sites para que façam o resgate imediatamente. "Nós estamos pedindo para as pessoas resgatarem porque fica mais complexo encontrar um caminho de resgate a partir de amanhã [sexta]. Então, o ideal é que as pessoas tomem as providências”, disse. 

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou que as 21 mil empresas de telecomunicações no Brasil estão sendo notificadas para que comecem a realizar o bloqueio dos sites irregulares.

Riscos para os apostadores

Haddad destacou que muitos dos sites de apostas bloqueados não possuem sede no Brasil e, em alguns casos, os usuários podem estar fazendo apostas em plataformas fraudulentas. 

"Muitos desses sites não estão em território nacional, não têm endereço no Brasil. A pessoa entra na internet, ela pode estar fazendo uma aposta num paraíso fiscal. Aliás, a pessoa pode estar fazendo uma aposta, inclusive, no que ela pensa ser uma casa de apostas, e não é. É só uma fraude”, declarou o ministro.

Ainda segundo Haddad, o trabalho de bloqueio pela Anatel será contínuo, com a agência sendo informada sobre tentativas de "burla", como a mudança de endereço dos sites irregulares. "Assim que tomarmos conhecimento de um novo endereço não autorizado, ele será bloqueado", afirmou o ministro.