Casas de apostas que tiveram o bloqueio dos seus sites determinado pelo governo estão criando domínios alternativos para continuar operando.
O g1 afirma ter localizado 134 sites de 18 casas de apostas irregulares, sendo que 51 foram criados na sexta-feira, 11 de outubro, quando o bloqueio pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) passou a ser realizado.
A estratégia usada por muitos desses operadores foi inserir números na frente do nome original da marca, burlando o bloqueio do endereço eletrônico. Trata-se de algo que já era previsto pelas autoridades e que deve exigir um esforço contínuo de fiscalização.
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“A gente vai lá, recebe a lista dos domínios do Ministério da Fazenda, bloqueia todos eles e aí o Ministério da Fazenda faz esse trabalho de monitoramento para ver se mudou o domínio, se trocaram o nome, se mudaram o site, se, sei lá, 123 bet virou 1234 bet. Aí a gente vai receber essa nova lista e vamos bloquear isso”, detalhou o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, em entrevista à CNN.
Baigorri definiu as ações de bloqueio como um “processo reiterado” feito de forma coordenada entre a Fazenda e a Anatel. Ele ainda destacou o papel do apostador no combate aos sites ilegais.
"Quem tem o poder mesmo é o consumidor. Se o apostador estiver observando isso e não apostar nessas bets irregulares, essa é a melhor forma de acabar com as bets irregulares, é não ter apostador nela. Se o consumidor utilizar uma bet que está regular, ele vai ter toda a proteção da legislação nas suas apostas, ou seja, ele vai ter o Código de Defesa do Consumidor, vai ter a regulamentação, vai poder ter alguém para reclamar", disse Baigorri.
A lista de bets autorizadas pela Fazenda e pelos estados pode ser consultada neste link.