NEGOCIAÇÃO COM O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Senador quer delação premiada de empresário que denunciou suposto esquema de manipulação de resultados

Carlos Portinho (imagem: Agência Senado)
21-10-2024
Tempo de leitura 1:15 min

A coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, afirmou que o senador Carlos Portinho (PL-RJ), membro da CPI da Manipulação de Partidas e Apostas Esportivas, estaria negociando uma delação premiada do empresário William Rogatto com o Ministério da Justiça. 

Em depoimento à CPI no dia 8 de outubro, Rogatto fez graves denúncias sobre um suposto esquema de manipulação de resultados  que envolveria pessoas dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), das federações, presidentes de clubes, árbitros e atletas.

Mesmo sem apresentar provas, suas declarações chamaram a atenção do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que acionou a Polícia Federal (PF) para investigar possíveis indícios de corrupção no esporte. O pedido de apuração partiu da Secretaria Nacional de Apostas Esportivas, do Ministério do Esporte.


William Rogatto em depoimento à CPI por videoconferência (imagem: Jefferson Rudy/Ag. Senado)

Rogatto prometeu que entregaria provas e vídeos aos senadores e que aceitaria se encontrar com uma comitiva em Portugal, onde mora atualmente. Mas, segundo Portinho, os parlamentares não podem se reunir com o empresário sem que o prendam, já que ele tem três mandados de prisão em aberto no Brasil. 

“O interesse público maior é entender essa teia dessa máfia de apostas. A gente está nesse momento de diligência com o Ministério da Justiça para buscar um acordo de delação premiada. É uma possibilidade. E tem a possibilidade de a gente ir em segurança à Europa e pegar depoimento e provas”, afirmou Portinho à coluna. 

Rogatto afirmou que já "rebaixou 42 clubes no Brasil" e que atuou na corrupção de jogadores nos 26 estados da federação e no Distrito Federal.

Apesar da gravidade das acusações, a imprensa esportiva e profissionais do futebol diminuíram o impacto das falas. Ao blog Drible de Corpo, do Correio Brazilienseo consultor de integridade do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Schmitt, afirmou que há inconsistências e generalizações exageradas nas declarações de Rogatto. 

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