DIRETOR COMERCIAL DA BELATRA PARA A AMÉRICA LATINA

Andrés Troelsen: “Algumas novidades vão gerar surpresa porque são especialmente projetadas para mercados como o Brasil"

23-10-2024
Tempo de leitura 5:06 min

A edição de 2024 do SBC Summit reuniu mais de 25 mil participantes na Feira Internacional de Lisboa. Profissionais dos setores de apostas esportivas e iGaming se encontraram para mostrar seus produtos e serviços e discutir as últimas tendências da indústria.

A Belatra Games, desenvolvedora especializada em caça-níqueis online, estava entre as empresas expositoras e o Yogonet aproveitou a oportunidade para conversar com Andrés Troelsen, diretor comercial para o mercado latino-americano.

O executivo falou sobre a participação da empresa no evento, bem como seus lançamentos mais marcantes, o papel fundamental de personalizar seus produtos para cada mercado e a importância de estar presente em uma região como a América Latina.

Qual a sua avaliação desta edição do SBC Summit?

Tenho 30 anos de experiência em mercados, negócios e operações em todo o mundo. Hoje, estou à frente do escritório latino-americano da Belatra e estamos basicamente buscando fazer contato com pessoas na América Latina. A grande surpresa é que, apesar de haver principalmente brasileiros por causa do idioma, pessoas de todos os países da América Latina estavam representadas nessa exposição e a participação foi boa.

Lisboa é uma cidade muito agradável e interessante, por isso acho que essa feira veio para ficar, e estamos muito felizes e satisfeitos com a SBC Lisboa.

Quais são algumas das principais perguntas feitas por quem veio ao estande? 

A maioria dos nossos clientes atuais, que são cassinos, plataformas e agregadores, já sabe como trabalhamos, eles estão procurando entender quais são os nossos próximos lançamentos e quais os novos jogos que estão chegando.

Quanto àqueles que não são clientes, mas nos conhecem pelo nome e vêm perguntar, depende do mercado. Podem ser questões regulatórias ou de certificação, já que vários países da América Latina estão em um momento em que há muitas notícias sobre o assunto, e as pessoas geralmente querem saber como estamos em relação a isso, quando se trata de fornecermos conteúdo para o Brasil ou o Peru, por exemplo.

A Belatra hoje é certificada para o Peru e está em processo de certificação para o Brasil. Hoje, temos clientes em todos os países da América Latina.

Quais são alguns dos lançamentos mais marcantes que a Belatra tem atualmente? 

Caracterizamos o estande com um jogo que não é tão novo, mas ainda é muito popular e é o mais jogado em todo o mundo. Mommy Treasure, o jogo da múmia, foi um sucesso muito importante para nós e nos marcou no negócio online.

O interessante sobre nossos conteúdos é que, pela primeira vez, a Belatra está trabalhando para tropicalizar e personalizar os jogos para a América Latina, o que não é pouca coisa, pois temos um conteúdo de 102 jogos e lançamos entre um e dois títulos por mês. Temos alguns desenvolvimentos muito interessantes a caminho.

Se Deus quiser, para o SBC Miami apresentaremos algumas novidades que vão gerar surpresa porque são especialmente projetadas para mercados como o Brasil, que exigem uma personalização especial. Os jogadores de diferentes países têm gostos distintos e nós damos muita importância ao jogador, à jogabilidade, aos gráficos e à música. Somos conhecidos por termos nossos próprios jogos e estamos sempre na vanguarda da experiência do jogador.

Pode nos contar mais sobre como vocês adaptam seus produtos às preferências locais?

Em primeiro lugar, o que fazemos é entender o volume de jogo de cada país, e é isso que nos diz o que cada país gosta. As classificações por país são totalmente diferentes. Depois, em nosso backoffice, tentamos, junto com nossos parceiros que são os cassinos, dar visibilidade aos jogos que os jogadores logicamente mais gostam, e é aí que pedimos à empresa - da América Latina - para poder ter mais jogos com o perfil de cada mercado.

Hoje, a novidade tem a ver com tudo o que está acontecendo no Brasil. Por isso, estamos nos concentrando muito nele, mas temos jogos que rodam de forma diferente na Argentina, no Peru, no Chile e no México.

Descobrimos que o diferencial terá a ver com a capacidade de entender cada mercado e personalizar, seja porque temos um cassino em que personalizamos o jogo com o logotipo dele, seja porque, por exemplo, no Brasil hoje estamos trabalhando muito com animais, que é algo muito popular no mercado, ou crash games, que estamos a caminho de apresentar com muitos recursos novos. Essas são especificações para o mercado brasileiro.

No caso da Argentina, já temos muitos anos no mercado e o que fazemos é continuar fornecendo mais conteúdo do que funciona hoje.

Levando em conta que o SBC Summit é um evento em que são apresentados muitos produtos e tecnologias novas, quais são, na sua opinião, algumas das tendências que estão definindo o mercado? Que tipos de jogos ou mecânicas os consumidores estão pedindo? Por exemplo, os jogos de colisão são uma categoria que está crescendo.

Sim, os crahs games são uma categoria interessante. Como acabei de mencionar, esse é o caso do Brasil, mas nem todos os mercados estão pedindo esses jogos. Oscrash games têm uma longa história e estamos trabalhando nessa vertical. Hoje, estamos dando importância à inclusão deles.

Também entendemos que a tendência vem do fato de podermos aproveitar a inteligência artificial para nos especializarmos cada vez mais no gosto do jogador. E isso dá a cada provedor de jogos e a cada equipe técnica de cada provedor de jogos informações que até hoje tratávamos por meio de estatísticas, classificação e número de jogos. A inteligência artificial vai um passo além e está nos fornecendo informações muito valiosas em termos de preferências. E se você puder aplicar essa inteligência artificial para conhecer seu cliente, acreditamos que essa é a tendência mais forte que o mercado terá no futuro próximo.

No caso da América Latina, o cenário está mudando bastante, especialmente com o Brasil e seu processo de regulamentação, mas também há outros mercados que são muito interessantes e estão caminhando para a regularização. Qual é a sua visão geral de como a América Latina avançará no curto prazo?

Há algum tempo, a América Latina tem sido o local mais observado no mercado por um motivo lógico. A Europa tem uma história diferente e já é um mercado mais consolidado; é mais difícil aumentar o teto. A América Latina, por outro lado, é mais virgem. Há países com mais e com menos história. Quando falamos do Brasil, é porque ele tem menos história no negócio online e ninguém se atreve a dizer quais serão os números para os próximos anos.

Embora hoje o negócio total na América Latina ainda esteja presente, ele é visto como um mercado emergente, e acreditamos que o crescimento será exponencial. Há milhares e milhares de novos cassinos chegando, todas as verticais do negócio estão sendo tratadas e encontramos todas as empresas.  

No caso da Belatra, a empresa tomou uma decisão muito importante. Somos um dos poucos provedores de jogos do mercado com estrutura e escritórios próprios na América Latina, falando espanhol e português, com sete pessoas na região, e isso é um diferencial.

Quando você olha para um mercado como a América Latina, que é muito diferente porque cada país tem suas próprias particularidades, poder abordá-lo localmente cria um diferencial. Trabalhar remotamente não é o mesmo que trabalhar no território. É por isso que, entendendo que a América Latina é uma realidade, mas com um futuro inimaginável, a Belatra quer acompanhá-la estando na região.

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